CMB estima impacto de R$ 6,3 bilhões com novo piso da enfermagem

O diretor-geral da Confederação das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos (CMB), Mário Bernardes, afirmou na Câmara dos Deputados, que o novo piso salarial da enfermagem poderá representar um impacto financeiro de R$ 6,3 bilhões no segmento. Atualmente, as santas casas de misericórdia e os hospitais sem fins lucrativos empregam 460 mil profissionais de enfermagem.

“Somos totalmente a favor de uma remuneração justa aos enfermeiros, mas simplesmente não temos como pagar e suportar o piso salarial da enfermagem”, observou Bernardes, que participou de reunião do grupo de trabalho da Câmara que analisa o impacto financeiro e orçamentário do Projeto de Lei 2564/20, do Senado. O projeto fixa o piso salarial de enfermeiros em R$ 4.750,00, o de técnicos de enfermagem em R$ 3.325,00 e o de auxiliares e parteiras em R$ 2.375,00.

Na avaliação de Bernardes, é preciso encontrar uma fonte de financiamento e custeio permanente para o aumento de despesa previsto no projeto.

“É imprescindível garantir a sustentabilidade dessas instituições mesmo com a aprovação do projeto, especialmente quando se fala de instituições que são protagonistas do Sistema Único de Saúde (SUS) e que são subfinanciadas há mais de 20 anos”, acrescentou.

Atualmente, segundo a CMB, existem 1.819 santas casas e hospitais filantrópicos no País, ofertando 170 mil leitos, dos quais 24 mil são Unidades de Terapia Intensiva (UTIs). Ainda segundo a entidade, o setor filantrópico é responsável por 50% e 70%, respectivamente, dos procedimentos de média e alta complexidade oferecidos pelo SUS.

“São os grandes prestadores de serviços do SUS e, em alguns casos, os únicos prestadores desses serviços”, afirmou a coordenadora do grupo de trabalho, deputada Carmen Zanotto (Cidadania-SC). “Sabemos do subfinanciamento e da necessidade de revisão da tabela de valores dos procedimentos”, acrescentou.

Repasses do SUS

Presidente da Associação Brasileira dos Centros de Diálise e Transplantes (ABCDT), Marcos Vieira relatou aos deputados um cenário semelhante. Segundo ele, os serviços de enfermagem representam 47% dos custos de uma sessão de diálise. Vieira acrescentou que, atualmente, o valor repassado pelo SUS para as unidades conveniadas que prestam serviços de diálise está 40% defasado.

Relator o grupo de trabalho, o deputado Alexandre Padilha (PT-SP) questionou a CMB se é possível dividir os dados por estados e municípios. “Um dos argumentos de estados e municípios é a limitação da LRF [Lei de Responsabilidade Fiscal]. Então é importante ter esses dados para compreender melhor a realidade”, disse o relator.

Bernardes informou que a CMB já possui a análise detalhada do impacto em nível estadual, e se comprometeu a aprofundar o levantamento para o nível municipal.

O relator do grupo de trabalho quis saber da ABCDT qual o total de profissionais ligados a clínicas privadas e a filantrópicas. “Tanto o privado quanto o filantrópico possuem regimes tributários e previdenciários diferentes, e isso pode ser importante para analisar como cada um pode suportar o novo piso”, acrescentou.

Segundo Vieira, das 818 clínicas de diálise existentes no Brasil, 715 são unidades privadas que prestam serviços ao SUS. “Não tenho o número exato de profissionais de cada setor [público e privado], mas vou providenciar esse dado”, respondeu Vieira.

O relator anunciou ainda que pretende entregar o relatório sobre o projeto no dia 22 de fevereiro. (Com informações da Agência Câmara)

Damos valor à sua privacidade

Nós e os nossos parceiros armazenamos ou acedemos a informações dos dispositivos, tais como cookies, e processamos dados pessoais, tais como identificadores exclusivos e informações padrão enviadas pelos dispositivos, para as finalidades descritas abaixo. Poderá clicar para consentir o processamento por nossa parte e pela parte dos nossos parceiros para tais finalidades. Em alternativa, poderá clicar para recusar o consentimento, ou aceder a informações mais pormenorizadas e alterar as suas preferências antes de dar consentimento. As suas preferências serão aplicadas apenas a este website.

Cookies estritamente necessários

Estes cookies são necessários para que o website funcione e não podem ser desligados nos nossos sistemas. Normalmente, eles só são configurados em resposta a ações levadas a cabo por si e que correspondem a uma solicitação de serviços, tais como definir as suas preferências de privacidade, iniciar sessão ou preencher formulários. Pode configurar o seu navegador para bloquear ou alertá-lo(a) sobre esses cookies, mas algumas partes do website não funcionarão. Estes cookies não armazenam qualquer informação pessoal identificável.

Cookies de desempenho

Estes cookies permitem-nos contar visitas e fontes de tráfego, para que possamos medir e melhorar o desempenho do nosso website. Eles ajudam-nos a saber quais são as páginas mais e menos populares e a ver como os visitantes se movimentam pelo website. Todas as informações recolhidas por estes cookies são agregadas e, por conseguinte, anónimas. Se não permitir estes cookies, não saberemos quando visitou o nosso site.

Cookies de funcionalidade

Estes cookies permitem que o site forneça uma funcionalidade e personalização melhoradas. Podem ser estabelecidos por nós ou por fornecedores externos cujos serviços adicionámos às nossas páginas. Se não permitir estes cookies algumas destas funcionalidades, ou mesmo todas, podem não atuar corretamente.

Cookies de publicidade

Estes cookies podem ser estabelecidos através do nosso site pelos nossos parceiros de publicidade. Podem ser usados por essas empresas para construir um perfil sobre os seus interesses e mostrar-lhe anúncios relevantes em outros websites. Eles não armazenam diretamente informações pessoais, mas são baseados na identificação exclusiva do seu navegador e dispositivo de internet. Se não permitir estes cookies, terá menos publicidade direcionada.

Visite as nossas páginas de Políticas de privacidade e Termos e condições.

Importante: A Medicina S/A usa cookies para personalizar conteúdo e anúncios, para melhorar sua experiência em nosso site. Ao continuar, você aceitará o uso. Veja nossa Política de Privacidade.