O que os hospitais e os aeroportos têm em comum?

Por Gabriel Gebrim

Recentemente, enquanto aguardávamos um voo, uma conversa com um diretor de hospital nos levou a uma reflexão interessante: hospitais e aeroportos têm mais em comum do que parece. Entre cafés e olhares para o painel de embarque, exploramos as semelhanças que tornam essas estruturas complexas tão comparáveis. A analogia, amplamente, discutida em outros países, oferece uma nova perspectiva sobre os desafios de modernização e gestão hospitalar no Brasil.

Muitos hospitais brasileiros começaram como pequenas clínicas, onde a gestão era menos complexa e amadora, condizente com a escala da operação. Porém, com o aumento do número de pacientes e a necessidade de oferecer serviços mais diversificados, a administração hospitalar passou a demandar um nível de organização e precisão comparável ao de aeroportos. Assim como terminais aéreos, hospitais enfrentam margens operacionais estreitas e a necessidade de equilibrar custos com a entrega de um serviço seguro e eficiente.

Durante nossa conversa, o diretor destacou desafios que espelham os vividos nos aeroportos: o crescimento constante no volume de pacientes – ou passageiros – exige agilidade, segurança e qualidade, tudo isso com um rígido controle de custos. A coordenação precisa é essencial, pois cada decisão afeta, diretamente, uma cadeia interligada de serviços, seja a pontualidade de um voo ou a entrega de um exame em tempo hábil.

Entre as prioridades de gestão, ele mencionou iniciativas como a otimização do uso das salas cirúrgicas, a redução de cancelamentos e faltas em serviços terapêuticos, o aumento da produtividade em áreas de suporte e a diminuição do tempo médio de internação. Essas medidas mostram como hospitais têm buscado inspiração em setores complexos e, altamente, eficientes para inovar e melhorar seus processos.

Um exemplo prático dessa abordagem foi apresentado no Hospital Med, em Recife. Um dos hospitais da região, ao adotar uma gestão mais orientada por dados e sistemas integrados, conseguiu otimizar o uso de leitos e implementar uma comunicação ágil entre todas as áreas. Os resultados foram maior eficiência operacional e uma experiência, significativamente, melhor para os pacientes.

A convergência entre hospitais e aeroportos não é apenas uma metáfora curiosa. Ambos enfrentam pressões semelhantes e precisam de processos precisos e integrados para atender às demandas crescentes. Inspirar-se em setores que já operam com alto grau de eficiência é um caminho natural para a transformação. Essa troca de experiências e soluções nos lembra que a inovação, muitas vezes, nasce de conexões inesperadas. Afinal, em tempos de mudanças, olhar para além do próprio setor pode ser a chave para superar desafios e construir um futuro mais eficiente e conectado.


*Gabriel Gebrim é COO e CFO da Quality24.

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