Principal arma no combate à dengue, vacina pode ser incorporada no SUS

A dengue é uma doença grave, que pode evoluir para o óbito. Diante desse cenário ainda tão desafiador, o Ministério da Saúde realizou uma consulta pública para discutir a possível incorporação da vacina contra a dengue no SUS (Sistema Único de Saúde). Considerada a grande novidade no tratamento contra a doença, a vacina foi aprovada recentemente pela ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), mas, por enquanto, só está disponível à população de maneira particular.

“A vacina é nova, segura e, atualmente, a principal arma contra a dengue. É importante que a população participe da consulta pública apoiando a incorporação no SUS”, frisa o médico imunologista e diretor científico da SMCC (Sociedade de Medicina e Cirurgia de Campinas), Antonio Condino Neto.

A preocupação dele é respaldada por números. Há quatro décadas, o Brasil vem atravessando várias epidemias de dengue. De 2022 para 2023, observa-se um aumento de 21,4% até agora no número de casos, sendo que, em 2022, foi contabilizado 1,3 milhão de casos e, em 2023, os números já chegam a 1,6 milhão. Considerando os óbitos, foram 999 em 2022 e, até agora, 1053 em 2023. “Estamos falando de vidas. Os números são uma forma de quantificar, mas atrás de cada um deles, temos uma pessoa com sonhos, uma família sofrendo”, comenta Condino.

Segundo dados do Ministério da Saúde, foram confirmados 23.050 casos de dengue com sinais de alarme e de dengue grave, o que representa um aumento de 20,2% (23.050/19.170) em relação ao mesmo período do ano anterior. A região com maior número absoluto de casos graves e de casos de dengue com sinais de alarme é a Sudeste, com 9.762 casos e taxa de letalidade de 0,06%, números que representam um aumento de 1,7% em relação ao mesmo período do ano anterior.

A vacina em questão, denominada Qdenga, desenvolvida pela empresa japonesa Takeda Pharma, está sendo avaliada pela Conitec (Comissão Nacional de Incorporações de Tecnologias no Sistema Único de Saúde), que recomendou a incorporação do imunizante em localidades e para públicos prioritários a serem definidos pelo PNI (Programa Nacional de Imunizações).

A restrição de público leva em consideração as regiões de maior incidência e transmissão da doença, além das faixas etárias mais propensas a complicações. No entanto, a capacidade de fornecimento de doses pela fabricante também influenciará na decisão final.

A consulta pública, que normalmente tem a duração de 20 dias, foi encurtada para 10 dias devido à urgência imposta pela projeção epidemiológica para o próximo verão, quando se espera um aumento nos casos de dengue. Após esse período, que termina em 18 de dezembro, as contribuições serão analisadas pela Conitec, que emitirá uma recomendação final.

“A vacina Qdenga, recentemente aprovada pela ANVISA, representa uma ferramenta importante no enfrentamento das epidemias de dengue que assolam o Brasil há quatro décadas. O posicionamento conjunto das sociedades científicas (SBIm, SBMT e SBI) apoia a recomendação da adoção da vacina, ressaltando sua contribuição para a redução do risco de infecção e morbimortalidade pela doença”, explica a coordenadora do Departamento Científico de Pediatria da SMCC, Silvia Helena Viesti Nogueira.

Ela destaca que com a recente aprovação da vacina, a expectativa é reduzir a incidência da doença. “Estudos demonstraram uma proteção de 80,2% contra a infecção e 90,4% contra a hospitalização decorrente da dengue. A vacina, destinada a indivíduos de 4 a 60 anos, possui um esquema de duas doses, com intervalo de três meses entre elas”, comenta. “No entanto, é importante ressaltar que, por se tratar de uma vacina de vírus vivo atenuado, ela é contraindicada para imunodeprimidos, gestantes e lactantes”, orienta.

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