Roberto Amorim Moreira: o avanço tecnológico no trabalho da saúde
As tecnologias digitais causaram um enorme impacto na saúde, desde o início da pandemia do novo coronavírus – realidade que desencadeou um período de incertezas, sem data para acabar, mas que por outro lado, acelerou muitas oportunidades de desenvolvimento nos serviços e atendimentos.
Comemorado no último sábado, dia 1º de maio, o Dia do Trabalhador, representa a força coletiva que temos visto em praticamente todos os segmentos sociais no enfrentamento da pandemia. Trabalhadores das mais diversas áreas, há mais de 1 ano, buscam alternativas para encontrar soluções e evitar maiores impactos na saúde e economia do país.
A pandemia, sem dúvida, promoveu muitas reflexões e alterações comportamentais, com a relevância do uso da tecnologia e a reinvenção das formas de trabalho, principalmente na área da saúde. Portanto, acompanhar as tendências e mudanças de cultura e de mercado, é o que trará resultados positivos no futuro, em todos os segmentos sociais.
No sistema de saúde suplementar, por exemplo, uma ampla gama de tecnologias digitais está sendo utilizada para auxiliar nos atendimentos médicos. Trabalhar com o apoio da tecnologia hoje é fundamental. A ideia é que a digitalização e os atendimentos online entre profissionais de saúde/médicos e pacientes ofereçam a mesma qualidade e segurança que consultas presenciais ou em consultório podem oferecer.
O grande impulso na digitalização da saúde é o uso da telemedicina – um ganho muito importante para toda a sociedade. Desde que foi aprovada para uso no Brasil, em abril de 2020, a telemedicina desafiou o sistema de saúde a dar um salto com agilidade neste modelo e adaptar o trabalho médico ao uso das plataformas digitais.
Contudo, o atendimento médico remoto não se restringe apenas à telemedicina. Algumas instituições e operadoras de planos de saúde como a Unimed, por exemplo, estão contando com o auxílio de robôs para dar suporte nos atendimentos da Covid-19, entre outras patologias. Prova de que a inteligência artificial ampliou a capacidade da saúde de acompanhar e monitorar pacientes de qualquer lugar, oferecendo assim inúmeras vantagens que vão muito além do que podemos imaginar. A tecnologia ampliou o acesso à saúde e à promoção do cuidado, melhorando a experiência e jornada do paciente nos atendimentos.
Outra tendência neste contexto de pandemia é a atenção primária, que além de cuidar das pessoas integralmente, através de linhas de cuidado, por exemplo, ajuda a minimizar o trabalho dos profissionais de saúde, e traz inúmeros benefícios ao paciente com a prevenção e não apenas com o tratamento de doenças. A tecnologia possibilita ferramentas para tratar o paciente a partir da integralidade de dados médicos, como histórico de consultas e exames. Esta é uma importante inovação para otimizar o trabalho e evitar que pacientes sejam submetidos a procedimentos/exames desnecessários, e ainda evita desperdícios com custos assistenciais.
Na Unimed Blumenau, desde 2019 nós trabalhamos muito focados no conceito de saúde baseada em valor para medir a complexidade, a gravidade e a segurança assistencial de cada paciente internado. O objetivo é mensurar o desempenho assistencial de médicos, equipes, clínicas e hospitais através de referenciais válidos em todo o Brasil. Tudo isso melhora a qualidade assistencial e potencializa os resultados para todas as organizações e profissionais de saúde.
Como dirigente da Unimed Blumenau há 7 anos, é a primeira vez que presencio um perfil de mercado tão forte e competitivo na saúde do nosso país. Estamos caminhando para um modelo de gestão em saúde que cada vez mais irá proporcionar melhores condições de trabalho para os profissionais da área e melhorar a qualidade nos atendimentos do paciente, além de contribuir com a sustentabilidade nos negócios. E essa mudança de visão voltada à tecnologia é uma das principais transformações que irão guiar os próximos passos do setor de saúde no período pós-Covid.
*Roberto Amorim Moreira é Diretor superintendente da Unimed Blumenau.