Estudo descobre como uma proteína afeta o crescimento de células cancerígenas

Um estudo recente publicado na Revista Oncotarget apontou resultados significativos sobre como a p53, conhecida como proteína protetora do código genético humano, impacta diretamente no crescimento de células cancerígenas e na resistência a tratamentos. Esse avanço abre novas possibilidades para o desenvolvimento de terapias ainda mais eficazes contra uma variedade de cânceres, incluindo o colorretal.

Segundo Gustavo Guida, geneticista do laboratório Sérgio Franco, a principal função da proteína p53 é interromper o crescimento celular descontrolado, um dos principais impulsionadores do câncer. No entanto, em uma grande parte dos casos, a p53 sofre mutações ou é inibida, o que permite que os tumores cresçam descontroladamente e se tornem resistentes aos tratamentos convencionais, como a quimioterapia e a radioterapia.

Nesse estudo, os pesquisadores restauraram a função da p53 em células de câncer colorretal, o que levou a um crescimento celular mais lento, ao aumento do envelhecimento celular e a maior sensibilidade à radioterapia.

Para Pedro Morgan, radiologista especialista em imagem oncológica na CDPI, a resistência ao tratamento é um dos maiores desafios na luta contra o câncer. A pesquisa sugere que, ao restaurar ou ativar a função da p53 em células tumorais, seria possível não apenas retardar o crescimento do tumor, mas também tornar as células mais vulneráveis aos métodos tradicionais, como a radioterapia. “Esse estudo oferece uma nova perspectiva no tratamento do câncer, destacando o papel da p53 na regulação do carcinoma e como sua restauração pode melhorar os resultados das terapias, especialmente quando os tumores já adquiriram resistência. E ao associar essa evolução genômica aos exames de imagem, como a ressonância magnética e a tomografia computadorizada, para acompanhamento da resposta terapêutica do tumor colorretal, podemos observar inclusive a resposta das células em nível molecular, permitindo uma personalização terapêutica”, afirma Pedro.

O estudo identificou ainda dois novos genes regulados pela p53 que podem ser importantes para novos tratamentos. O primeiro, ALDH3A1, ajuda a desintoxicar substâncias nocivas e pode afetar a resistência das células cancerígenas ao estresse oxidativo. A segunda, NECTIN4, é uma proteína encontrada em muitos casos agressivos, incluindo os de bexiga e mama.

“Com resultados como esses, é possível indicar tratamentos e medicamentos mais adaptados às características genéticas e moleculares de cada tumor. Ao entender como diferentes tumores atuam na p53 e em outras células, conseguimos criar abordagens terapêuticas mais eficazes, minimizando os efeitos colaterais e melhorando a qualidade de vida dos pacientes”, finaliza Gustavo Guida.

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