Médicos Sem Fronteiras e ASAS Health criam projeto de cuidados paliativos

A pandemia do novo Coronavírus amplificou o sofrimento de pacientes, pela própria doença física, e também dos familiares, em razão do aumento da ansiedade, já que a Covid-19 tem rápida evolução, sintomas intensos e alto risco de morte. Diante da gravidade da pandemia, das altas taxas de óbitos na UTI e da necessidade de melhorar a assistência especializada a esses pacientes e seus familiares, a organização Médicos Sem Fronteiras (MSF), com apoio da Secretaria Municipal da Saúde, e a consultoria técnica ASAS Health criaram o Projeto Acolher, uma iniciativa inédita, que resultou na montagem de uma enfermaria de cuidados paliativos para pacientes com Covid-19, no Hospital Municipal Tide Setúbal, em São Miguel Paulista, zona leste da cidade de São Paulo.

Os cuidados paliativos consistem em uma abordagem que visa a melhorar a qualidade de vida dos pacientes e de suas famílias diante de uma doença que ameace a vida, por meio da prevenção e alívio do sofrimento, da identificação precoce, avaliação impecável e tratamento de dor e demais sintomas físicos, sociais e psicológicos.

O projeto foi financiado pela MSF e pela Secretaria Municipal da Saúde, que disponibilizou a estrutura do Hospital Municipal Tide Setúbal, e a consultoria ASAS Health deu todo o suporte técnico, desde a criação dos protocolos e do manual clínico, até a seleção e o treinamento dos profissionais da enfermaria, em sua maioria especializados em cuidados paliativos.

O treinamento incluiu 20 aulas e 2 workshops, presenciais e online, bateria de casos clínicos e oficina prática, com o objetivo de embasar as condutas internas da equipe, abrangendo tópicos como: Princípios dos Cuidados Paliativos; Cuidados Paliativos e Covid-19 – Triagem e Alocação de Pacientes; Sedação Paliativa; Comunicação Eficiente na Crise; Luto: Princípios Gerais e Covid-19, dentre outros.

No total, o Projeto Acolher conta com conta com 22 profissionais de saúde entre médicos, enfermeiros, psicólogos, técnicos de enfermagem, fisioterapeutas, entre outras especialidades. A previsão é beneficiar pacientes de hospitais de todas as regiões da capital, que serão indicados pelas instituições de saúde e aceitos seguindo critérios de elegibilidade do projeto.

A médica Mônica Carvalho, coordenadora de MSF para o projeto de Cuidados Paliativos em São Paulo, comenta que o tratamento complementar é uma maneira de amenizar o sofrimento das pessoas com Covid-19 que não apresentam significativo quadro de melhora com os recursos médicos disponíveis no tratamento convencional.

“Paralelamente a salvar vidas, a missão de MSF é aliviar o sofrimento”, observa Carvalho. “Em muitas ocasiões, já não é possível se falar em ‘cura’ da doença física. No cuidado paliativo, valorizamos a pessoa sua biografia e relações familiares. O foco do tratamento está na busca do bem-estar daquela pessoa, mesmo quando ela parece estar no fim da vida. Estamos treinando a equipe local com a intenção que a unidade de cuidados paliativos continue atuando mesmo após a saída da organização. Usamos uma tecnologia especializada e uma equipe interdisciplinar capacitada para promover alívio do sofrimento, do paciente e sua família.”

Para o geriatra Douglas Crispim, Diretor Técnico da consultoria ASAS Health, o Projeto Acolher é um marco histórico pelo cunho humanitário e por ter sido montado de forma totalmente estruturada em tempo recorde. “Nosso foco é totalmente alinhado ao do MSF, no sentido de deixarmos um legado, em termos de estrutura e protocolos, que o Hospital Municipal Tide Setúbal possa usar nos cuidados de saúde e que beneficie os pacientes do SUS, mesmo depois que a pandemia de Covid-19 for superada”, diz o especialista.

Segundo a Médica Paliativista Gabriela Hidalgo, “dificuldades sempre existirão, e devemos estudá-las, crescer com elas e superá-las! Os Cuidados Paliativos são um direito do ser humano reconhecido pela OMS, que devemos lutar para implementar de forma cada vez mais ampla e acessível.”

“Objetivo é reduzir o sofrimento do paciente pelo reconhecimento rápido de casos e o acompanhamento da enfermaria, pois todos os integrantes são paliativistas. E também pensar na família, uma vez que os protocolos incluem visitas e reuniões online. Os pacientes podem ver os familiares, ou ouvir o áudio, o que faz muita diferença na recuperação”, diz Beatriz Souza, enfermeira e uma das consultoras do ASAS, que implantou o projeto.

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