MPF cobra informações sobre equipes médicas do Hospital Bonsucesso
O Ministério Público Federal (MPF) pediu que a Justiça determine que a União apresente as equipes e escalas de profissionais do Hospital Federal de Bonsucesso (HFB) e garanta a presença de médicos na emergência. A procuradoria pediu o prazo de 48 horas para as informações serem acrescentadas aos autos do processo que corre na 26ª Vara Federal do Rio de Janeiro, onde já tramita uma ação sobre a situação dos hospitais federais no estado.
O Ministério da Saúde informou que está tomando as medidas cabíveis para recompor a equipe médica da emergência, que conta com 17 clínicos, 4 pediatras, 16 cirurgiões e 16 ortopedistas. Segundo a direção do hospital, nenhum paciente internado na emergência está sem assistência médica.
“Sobre a previsão de novos funcionários no quadro do HFB, o Ministério da Saúde informa que permanece aberta para renovação de Contratos Temporários da União (CTU) vigentes e de novas contratações para todos que estão inscritos no último certame (março de 2018). A pasta reforça que avalia tecnicamente novos modelos de contratação para eventuais disponibilidades de vagas, assim como realiza o recadastramento presencial dos funcionários das unidades federais no Rio de Janeiro, afim de realocar os funcionários, caso haja disponibilidade, em serviços que apresentem déficit de recursos humanos”, disse, em nota, o Ministério da Saúde.
Quem entra em contato com o hospital é informado de que estavam fechadas a emergência pediátrica e a emergência geral, que vem funcionando de maneira inconstante. Para o Ministério Público Federal, a ameaça de fechamento da emergência causa grave risco à saúde coletiva, já que a unidade atende a pacientes vindos da Baixada Fluminense.
Problemas no atendimento constatados após uma vistoria no Hospital Federal do Andaraí também levaram a Defensoria Pública da União a protocolar no mês passado um novo pedido para que a União comprove que está cumprindo a decisão liminar que determinou a contratação de mais 4 mil profissionais para os seis hospitais federais do Rio de Janeiro.
“Isso está gerando uma desassistência no estado do Rio de Janeiro”, disse o defensor público da União, Daniel Macedo. “A situação está caótica”.