Medicina Conectada: Uma alternativa para a saúde

Por Erika Fuga

Considerando a proximidade estreita entre as ciências médicas e tecnológicas, o que vemos ao longo da História é o impacto das inovações nos sistemas de saúde mundiais. Se, em séculos passados, o médico fazia ausculta cardíaca colocando o ouvido no tórax do paciente, hoje, graças aos avanços tecnológicos, ele pode dispor de um estetoscópio capaz de ampliar a capacidade auditiva e ser cada vez mais assertivo em seus recursos propedêuticos. Se precisava experimentar o sabor ou odor da urina para diagnosticar um quadro de diabetes, atualmente conta com métodos laboratoriais bem mais sofisticados para auxiliá-lo tanto no diagnóstico quanto na prevenção e no controle desta doença.

Seria lógico pensar que, muito em breve, este estetoscópio não será apenas um equipamento altamente avançado para auscultar os sons cardíacos, mas também poderá estar conectado à distância, por meio da tecnologia, a médicos especialistas habilitados para fornecer uma orientação precoce de conduta. Seria possível, por exemplo, orientar o paciente para ida imediata ao pronto-socorro em caso de taquiarritmia ou de infarto agudo do miocárdio, situações nas quais o tempo para trombólise – quando um coágulo formado na corrente sanguínea se dissolve – é precioso.

Processos mais simples de aferição de componentes de sangue, urina e lágrimas também podem ser criados e executados à distância, tanto para diagnose e monitoramento em âmbito individual (teleassistência) como para prevenção de doenças epidemiológicas (televigilância).

Diante desse contexto, há duas questões que se colocam e que precisam ser discutidas por aqueles que são responsáveis por gestão de saúde. A primeira é a abordagem ética e cultural que perpassa a nova realidade tecnológica que estará à nossa disposição. É preciso discuti-la e debatê-la à exaustão para garantir que tenhamos toda a segurança e a privacidade de dados necessárias para a prática desta nova medicina.

O segundo aspecto é o reconhecimento de que as novas tecnologias podem ser grandes aceleradoras da transformação dos métodos pelos quais fazemos promoção de saúde, diagnósticos e tratamentos, além da capacidade de fornecermos acesso amplo e de qualidade à assistência médica adequada e individualizada.

Construir uma cadeia assistencial com vias de acesso amplamente conectadas, com serviços de valor como telemedicina, assistência domiciliar, agendamento de consultas eficiente e eletrônico, dentre outras iniciativas, e, ao mesmo tempo, alinhada aos programas de gestão de saúde populacional, com telemonitoramento de casos complexos e televisitas domiciliares, por exemplo, será um salto para o sistema de saúde e para a jornada do paciente.

Esta será a medicina do futuro: tecnologicamente avançada, tecnicamente bem gerida por meio de conexões fortes entre os agentes que provêm assistência à saúde e amplamente acessível aos pacientes. Será mais eficiente e, ao mesmo tempo, mais humana, uma vez que a inovação está a serviço do indivíduo e não visa sua substituição. Deverá ser personalizada, intervir em tempo hábil e preciso, reduzir situações críticas e ter o paciente sempre no centro da atenção.


*Erika Fuga é médica e diretora de Sinistro Saúde da SulAmérica

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