Rafaela Flamino: Em tempos de pandemia, informação salva vidas
Por Rafaela Flamino
Você já parou para pensar sobre quantas vezes você já ouviu sobre um determinado tratamento para a Covid-19 ou até mesmo sobre como ela pode não passar de uma mera fantasia?
Desde o início da pandemia do novo coronavírus, as fake news foram usadas para vender soluções mágicas, pílulas milagrosas, promover aglomerações, incitar rupturas, ameaçar e intimidar pessoas, divulgar dados mentirosos e sabotar o trabalho, dedicado e sério, dos profissionais da saúde. O Brasil é um dos países onde mais são propagadas fake news. Só em 2019, houve 9 bilhões de cliques em notícias falsas. O site E-farsa, criado em 2002, começou checando uma informação falsa por semana. Hoje, o site precisa checar de cinco a seis informações falsas por dia.
Eu sei que o excesso de informações que recebemos todos os dias pesa, causa medo e preocupação, no entanto, as atuais circunstâncias exigem mais do que nunca a informação correta e transparente, como forma de garantir que as pessoas estejam conscientes da realidade e adotem todos os cuidados necessários no seu enfrentamento.
É por isso que, desde o dia 20 de março de 2020, a Unimed Guarulhos vem honrando seu compromisso de entregar informação séria e de credibilidade. Por meio dos boletins epidemiológicos nas redes sociais, entendemos que a disponibilização destes dados é completamente imprescindível para que nossa audiência esteja atualizada sobre a incidência da doença em nossos hospitais e, com isso, saiba a importância de contribuir para a prevenção do contágio, garantindo, desta forma, que os números sejam minimizados.
Ao revelar dados confirmados de internados em nosso hospital, não é do nosso interesse gerar pavor na comunidade, mas garantir transparência. Num momento como este, a informação pode salvar vidas e, não a evidenciar, causaria a falsa sensação de que está tudo bem, quando existe uma necessidade de intensificar as medidas preventivas para evitar a proliferação do novo coronavírus.
Isso ocorre num momento em que as pessoas preferem as redes sociais aos meios tradicionais de informação. Sem estes números, sem a cobertura programática de conteúdo que informe sobre a doença, isso só causaria mais prejuízos para a sociedade que, se “vivesse no escuro”, não teria os recursos necessários para de fato encontrar a luz para sair – ou ao menos minimizar – essa crise sanitária.
Ninguém gosta de ser mensageira de más notícias, mas elas são tão necessárias neste momento, justamente, para que possamos falar, mais uma vez, sobre tudo que ainda podemos viver. E mais do que nunca, viver exige cuidado.
Numa sociedade justa e democrática, a informação deve prevalecer e nós, enquanto cidadãos, não podemos deixar de valorizá-la. Tudo isso vai passar, e quando passar estaremos juntos, bem juntos, e certos de que dias melhores chegarão e retomaremos nossas vidas com muita história para contar. Até lá, proteja-se!
*Rafaela Flamino é Gerente de Operações no Complexo Unimed Guarulhos.