Segundo IESS, número de planos odontológicos cresceu mais de 10 vezes
O número de beneficiários vinculados a planos exclusivamente odontológicos cresceu mais de 10 vezes entre 2000 e 2018. De acordo com o “Painel da odontologia suplementar”, levantamento realizado pelo Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS), o setor saltou de 2,3 milhões de beneficiários para 23,6 milhões no período analisado.
Dados consolidados de 2014 a 2018 dá importantes indícios que justificam o crescimento expressivo registrado no segmento. Um comportamento, aliás, que deve se manter nos próximos anos. “O custo mais acessível deste tipo de plano, certamente, é um diferencial. Contudo, o Painel da odontologia suplementar revela que o brasileiro está, de modo geral, cada vez mais preocupado com sua saúde bucal”, revela José Cechin, superintendente executivo do IESS.
Apenas em 2018, o setor de saúde suplementar contabilizou 176,2 milhões de procedimentos odontológicos. Um aumento de 23% em relação aos 143,2 milhões registrados em 2014. Cechin destaca que mais importante do que o aumento absoluto no total de procedimentos, o que revela o interesse do brasileiro por este serviço, é o incremento no total de ações com foco em prevenção.
A quantidade de procedimentos preventivos aumentou 52,3% entre 2014 e 2018. Houve um salto de 47,2 milhões para 71,8 milhões. No mesmo período, o total de atividades educativas individuais avançou 49,4% e, a aplicação tópica de flúor por hemi-arcada, em 40,7%. Além disso, em 2014, foram realizadas 12,4 milhões de consultas odontológicas iniciais. O total tem aumentado ano a ano até chegar a 15,3 milhões em 2018. O que revela, por si só, o interesse crescente pelos tratamentos odontológicos.
Despesas assistenciais
Enquanto o total de beneficiários cresceu 19,3% entre 2014 e 2018, subindo de 19,8 milhões para 23,6 milhões, as despesas assistenciais pagas pelas Operadoras de Planos de Saúde (OPS) exclusivamente odontológicas para custear os serviços utilizados pelos beneficiários em suas carteiras avançou 20,1%. Subiu de R$ 2,6 bilhões para R$ 3,1 bilhões.