A medicina humanizada faz diferença no tratamento da Covid-19?

A maioria dos brasileiros já tem conhecimento de todas as consequências e tratamentos possíveis quando se está infectado pelo coronavírus, sejam os casos assintomáticos, leves ou graves. A grande quantidade de informações e dados sendo discutidos a todo momento, nos faz entender bem a doença, mas não cobre o que significa ficar semanas ou até meses em internação, tanto para o paciente quanto para sua família.

Percebendo esse distanciamento necessário para o tratamento, Malek Imad, médico especialista em Gestão de Saúde e coordenador de um dos hospitais de campanha do Estado de São Paulo, percebeu durante sua administração que uma parte do trauma da Covid-19 também era mental, principalmente nos primeiros meses da pandemia. “A doença ainda pouco compreendida combinada com o grande número de mortes no mundo inteiro, causa uma sensação de medo e pânico não só para quem está infectado, mas também para quem acompanha aquele paciente,” explica.

A experiência no hospital de campanha de Ribeirão Pires, permitiu que Imad explorasse um outro lado da medicina que não envolve apenas o tratamento físico do vírus, mas que inclui também o bem-estar psíquico da pessoa internada. “Por causa disso decidi implementar a medicina humanizada no hospital que coordenava,” ele conta.

A prática envolve ver além da doença, para o ser humano que está por traz dela. Um dos exemplos mais impactantes de sua trajetória, foi quando organizou a produção de mil Origamis para uma paciente de origem japonesa, que segundo uma lenda da sua cultura, traria melhora para seu estado. “Não acredito que os Origamis a tenham curado, mas o amparo emocional afeta, e muito, a recuperação de qualquer condição.”

Imad com paciente recuperada em hospital de campanha

Isso ainda se estende aos familiares presentes no hospital. O especialista conta como esse projeto de acolhimento é importante para quem está do lado de fora, já que o coronavírus, por seu perfil de contaminação, impossibilita qualquer tipo de interação entre paciente e entes queridos, especialmente nos casos de coma induzido.

Imad comenta como aquele momento de espera da melhora, onde ele não pode dar uma previsão concreta, era cheio de ansiedade e desgaste para os parentes. “Entendi como a unidade familiar fica de certa forma doente com a pessoa, e que esse apoio por meio de pequenos atos de compaixão, fazia toda a diferença para a vitalidade do lugar como um todo.”

O médico, ainda pensando em tantos pacientes que teriam novos desafios mesmo depois da cura, criou ainda um dos primeiros Ambulatório Pós-Covid do Estado, com a intenção de acompanhar pacientes com sequelas após receberem alta do hospital de campanha. “Temos muitos registros de perda de memória, cansaço, problemas pulmonares, queda de cabelo, entre outras condições. Queremos continuar estudando e trabalhando para tornar a doença cada vez mais inofensiva,” explica.

Uma grande parte dessa missão, segundo Imad, é também conscientizar o máximo número de pessoas sobre a necessidade da vacina e o quanto ela é importante para revertermos esse cenário de tantas mortes. “Tomar a vacina conforme a recomendação médica é em si um ato de acolhimento, e acredito que a pandemia deixou claro o quanto precisamos de empatia pelo próximo durante momentos difíceis,” finaliza.

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