Dia Mundial de Luta contra Aids: Brasil tem 920 mil pessoas com HIV

No Dia Mundial de Luta contra a Aids, celebrado nesta terça-feira (1°), o Ministério da Saúde apresentou o Boletim Epidemiológico HIV/Aids 2020, que traz os dados de diagnósticos e infectados consolidados do ano de 2019 e um comparativo dos casos nos últimos anos no país.

Segundo a pasta, atualmente cerca de 920 mil pessoas vivem com HIV no Brasil: 89% delas foram diagnosticadas, 77% fazem tratamento com antirretroviral e 94% das pessoas em tratamento não transmitem o HIV por via sexual, por terem atingido carga viral indetectável. Até outubro deste ano, cerca de 642 mil pessoas estavam em tratamento com antirretroviral, enquanto, em 2018, eram 593.594 pessoas em tratamento.

Jovens

O Ministério da Saúde estima que cerca de 10 mil casos de aids foram evitados no país, no período de 2015 a 2019. As pessoas na faixa etária de 25 a 39 anos, de ambos os sexos, com 492,8 mil registros, concentraram o maior número de casos. Nessa faixa etária, 52,4% são do sexo masculino e 48,4% são mulheres.

Queda

Durante a apresentação dos dados na manhã de hoje, especialistas comemoram o fato de o Brasil ter registrado queda no número de casos de infecção por aids nos últimos anos. Desde 2012, houve uma diminuição na taxa de detecção de aids no país. O número passou de 21,9 casos por 100 mil habitantes, em 2012; para 17,8 casos por 100 mil habitantes em 2019, representando um decréscimo de 18,7%.

A taxa de mortalidade em decorrência da aids também apresentou queda, de 17,1%, nos últimos cinco anos. Em 2015, foram registrados 12.667 óbitos pela doença e em 2019 foram 10.565. Na avaliação do Ministério da Saúde, ações como a testagem para a doença e o início imediato do tratamento, em caso de diagnóstico positivo, são fundamentais para a redução do número de casos e óbitos por aids.

Campanha

Como tradicionalmente faz no Dia Mundial de Luta contra a Aids o ministério lançou a Campanha de Prevenção ao HIV/Aids. Com o slogan: HIV/Aids. Faça o teste. Se der positivo, inicie o tratamento.

A campanha terá filme para TV, peças de mídia, internet e mídias sociais, cartazes e spot para rádio.

Neste ano, a ação incentiva a busca pelo diagnóstico e tratamento da doença, reforçando que a camisinha é a forma mais fácil e simples de se prevenir contra o HIV. Caso não tenha utilizado camisinha, é de extrema importância realizar o teste de HIV, gratuito no Sistema Único de Saúde (SUS).

Em caso de diagnóstico positivo, a orientação é iniciar o tratamento o mais rapidamente possível para evitar o adoecimento por aids. Com o tratamento adequado, o vírus HIV fica indetectável, ou seja, não pode ser transmitido.

Pandemia

Segundo o secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Arnaldo Medeiros, apesar da pandemia de covid-19, durante esse período a pasta expandiu a estratégia de entrega de antirretrovirais (ARV) de 30 para 60 ou até 90 dias.

Hoje, 77% dos pacientes em tratamento tem dispensação para 60 e 90 dias, em 2019 eram 48%. Além disso, Medeiros ressaltou que o uso de autotestes foi ampliado com o objetivo de reduzir o impacto na identificação de casos de HIV por conta da pandemia. A pasta também garantiu a oferta de teste anti-HIV para pacientes internados com síndrome respiratória.

Neste ano, até outubro, o Ministério da Saúde distribuiu 7,3 milhões de testes rápidos de HIV, 332 milhões de preservativos masculinos e 219 milhões de preservativos femininos.

Transmissão Vertical

Apesar da queda do número de casos nos últimos anos, em um período de dez anos, houve um aumento de 21,7% na taxa de detecção de HIV em gestantes. Segundo o MS, essas estatísticas podem ser explicadas, em parte, pela ampliação do diagnóstico no pré-natal e a melhoria da vigilância na prevenção da transmissão vertical do HIV.

O maior número de gestantes infectadas com HIV (27,6%) está entre jovens de 20 a 24 anos. Em 2019 foram identificadas 8.312 gestantes infectadas com HIV no Brasil. O Ministério da Saúde atualizou o protocolo para prevenção de transmissão vertical do HIV, quando o vírus é passado de mãe para filho.

Vale lembrar que o Brasil é signatário do compromisso mundial de eliminar a transmissão vertical do HIV e optou por adotar uma estratégia gradativa de certificação de municípios. A eliminação da transmissão vertical do HIV, assim como a redução da sífilis e da hepatite B, é uma das seis prioridades do Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis (DCCI) da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde.

Menores de 5 anos

De 2015 a 2019, houve redução de 22% na taxa de detecção de aids em menores de 5 anos. Passando de 2,4 casos por 100 mil habitantes em 2015 (348 casos no total) para 1,9/100 mil habitantes, em 2019 (270 casos). A taxa de detecção de aids em menores de 5 anos tem sido utilizada como indicador para o monitoramento da transmissão vertical do HIV, que inclui ainda a transmissão durante a gestação, o parto ou a amamentação. (Com informações da Agência Brasil)

Damos valor à sua privacidade

Nós e os nossos parceiros armazenamos ou acedemos a informações dos dispositivos, tais como cookies, e processamos dados pessoais, tais como identificadores exclusivos e informações padrão enviadas pelos dispositivos, para as finalidades descritas abaixo. Poderá clicar para consentir o processamento por nossa parte e pela parte dos nossos parceiros para tais finalidades. Em alternativa, poderá clicar para recusar o consentimento, ou aceder a informações mais pormenorizadas e alterar as suas preferências antes de dar consentimento. As suas preferências serão aplicadas apenas a este website.

Cookies estritamente necessários

Estes cookies são necessários para que o website funcione e não podem ser desligados nos nossos sistemas. Normalmente, eles só são configurados em resposta a ações levadas a cabo por si e que correspondem a uma solicitação de serviços, tais como definir as suas preferências de privacidade, iniciar sessão ou preencher formulários. Pode configurar o seu navegador para bloquear ou alertá-lo(a) sobre esses cookies, mas algumas partes do website não funcionarão. Estes cookies não armazenam qualquer informação pessoal identificável.

Cookies de desempenho

Estes cookies permitem-nos contar visitas e fontes de tráfego, para que possamos medir e melhorar o desempenho do nosso website. Eles ajudam-nos a saber quais são as páginas mais e menos populares e a ver como os visitantes se movimentam pelo website. Todas as informações recolhidas por estes cookies são agregadas e, por conseguinte, anónimas. Se não permitir estes cookies, não saberemos quando visitou o nosso site.

Cookies de funcionalidade

Estes cookies permitem que o site forneça uma funcionalidade e personalização melhoradas. Podem ser estabelecidos por nós ou por fornecedores externos cujos serviços adicionámos às nossas páginas. Se não permitir estes cookies algumas destas funcionalidades, ou mesmo todas, podem não atuar corretamente.

Cookies de publicidade

Estes cookies podem ser estabelecidos através do nosso site pelos nossos parceiros de publicidade. Podem ser usados por essas empresas para construir um perfil sobre os seus interesses e mostrar-lhe anúncios relevantes em outros websites. Eles não armazenam diretamente informações pessoais, mas são baseados na identificação exclusiva do seu navegador e dispositivo de internet. Se não permitir estes cookies, terá menos publicidade direcionada.

Visite as nossas páginas de Políticas de privacidade e Termos e condições.

Importante: A Medicina S/A usa cookies para personalizar conteúdo e anúncios, para melhorar sua experiência em nosso site. Ao continuar, você aceitará o uso. Veja nossa Política de Privacidade.