“Não importa o que falem, é preciso escolher por paixão”

Um evento inédito organizado pela Medtronic, maior empresa de dispositivos e soluções médicas do mundo, que está completando 50 anos de Brasil, transformou o Dia Internacional da Mulher em um momento de reflexão sobre equidade de gênero.

“Sempre usei esmaltes escuros para lembrar que havia uma mulher na cirurgia por baixo das luvas. Nunca tive médicos na família, mas estudar sempre foi uma paixão. Nunca me arrependi de seguir essa profissão”, conta a colo proctologista Angelita Gama, primeira mulher a fazer residência em Cirurgia Geral e Coloproctologia no Hospital das Clínicas da FMUSP e a primeira a chefiar o Departamento de Cirurgia da FMUSP.

Tanto para a Dra. Angelita, como para a Dra. Nancy Denicol (UFRS), a primeira mulher a trabalhar com urologia no Rio Grande do Sul e uma das pioneiras no país, responsável por milhares transplantes de rins no país, independente do gênero, as pessoas devem fazer o que gostam, sem que nada as impeçam. “Nunca se deve abrir mão de uma carreira porque alguém diz que não é para você. Haja vista essas inúmeras mulheres que fizeram tanta diferença durante a pandemia. Meus singelos parabéns a todas elas”, revela a médica que sempre incentivou as mulheres a serem urologistas, as conhecidas orquídeas, símbolo da profissão.

Além da paixão pelo estudo e pela medicina Angelita, Nancy, Elenir Nadalin (cardiologista intervencionista, líder da SBHCI – Sociedade Brasileira Hemodinâmica Cardiologia) e Magda Profeta (cirurgião proctologista), nenhuma delas teve médicos em suas famílias, por isso começaram destravando batalhas dentro de casa.

“Minha mãe sempre dizia que a mulher tem que ter independência financeira. Meu pai queria um concurso público, mas depois de alguns anos me disse que eu estava errada”, lembra. Hoje na SBU (Sociedade Brasileira de Urologia), existem cerca de 4.500 associados, sendo 185 mulheres. “É um número baixo ainda, por isso sempre fiz questão de incentivar as nossas meninas quando estava à frente da sociedade. A definição da capacidade para a área não tem nenhuma relação entre ser mulher ou homem”, comenta.

Segundo Magda Fortuna, “sempre tivemos que provar que somos melhores como mulheres”. E a sensação é uma unanimidade entre todas as médicas palestrantes. “Acho que por isso houve a necessidade de adotar um comportamento mais agressivo. Acredito que este problema ainda exista e às vezes é cansativo, mas pode ser driblado. Operar para mim hoje é o que me desestressa”, expõe.

Perder paciente quando descobriram que essas médicas renomadas seriam responsáveis por sua saúde já aconteceu no passado? Já, mas o cenário mudou bastante. “Por outro lado, hoje ouço pacientes dizendo que querem se tratar como uma urologista mulher por terem um cuidado especial, o que me deixa satisfeita”, fala a Dra, Nancy.

E qual a dica para escolher o que mais lhe dá paixão para quem pensar em optar pelo curso de Medicina? Para esse renomado time, o internato é o momento de passar por todas as áreas e fundamental para escolher a especialidade preferida do aluno. A Dra. Angelita dá uma dica: “Prestar atenção aos mestres, tutores, ajuda muito. Os mestres estão lá e fazem a diferença nessa escolha”, concordam todas essas mulheres corajosas.


*Confira as próximas datas e convidadas do Elas na Medicina.

(Crédito da foto externa Fapesp e Fundação Conrado Wessel)

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