ELAS NA MEDICINA

Evento discute especialidades médicas tabu para as mulheres

Para dar start às comemorações dos 50 anos da Medtronic, uma das maiores empresas de tecnologia, serviços e soluções médicas do mundo, faz uma homenagem às mulheres, de 8 até 29 de março, num evento gratuito que mostra a história de mulheres médicas que se destacaram em áreas dominadas por homens. O objetivo é mostrar as imensas oportunidades de crescimento para as mulheres em especialidades com maior participação masculina, como a neurocirurgia, urologia, coloproctologia, entre outras.

Serão 4 eventos virtuais gratuitos, voltados para mulheres na medicina, nos dias 08, 15, 22 e 29/03 (todas às segundas-feiras), das 19h às 20h. 

História das Mulheres Médicas

Aberto ao público, o Elas na Medicina, evento da Medtronic, trará palestras com médicas pioneiras em áreas dominadas por eles, como neurocirurgia, urologia, coloproctologia, entre outras. Os eventos serão ministrados por renomadas médicas brasileiras que estão fazendo a diferença na saúde do País. Elas falarão sobre os desafios sofridos na medicina e como foi possível superá-los durante toda a carreira. O evento será mediado no dia 8 pela experiente jornalista Lucia Helena de Oliveira, uma das mais aclamadas jornalistas do país, que também desbravou uma área extremamente masculina no jornalismo científico, criando a Revista Superinteressante e depois a Revista Saúde é Vital (hoje é Veja Saúde).

Segundo a executiva Andréa Gomes, líder do comitê de equidade de gênero na Medtronic Brasil, diversidade e inclusão sempre ocuparam um lugar importante na pauta da empresa, está na Missão da Medtronic. Depois de grandes conquistas como chegar a 49% de posições de liderança ocupadas por mulheres, entendemos que é o momento de avançar ainda mais, incluindo iniciativas voltadas para a conscientização sobre papel do homem em relação à igualdade de gênero.

Uma das presenças ilustres é a cirurgiã Angelita Gama, de 87 anos, a primeira mulher a fazer residência em Cirurgia Geral e Coloproctologia no Hospital das Clínicas da FMUSP e também a estagiar nessa especialidade no St. Mark’s Hospital, na Inglaterra, além de ter sido a primeira a chefiar o Departamento de Cirurgia da FMUSP. Segundo ela, seus pais resistiram no primeiro momento, queriam que ela fizesse o magistério, a exemplo de suas minhas irmãs. “Insisti e prestei o vestibular. Quando ingressei na faculdade havia desequilíbrio numérico entre os gêneros, pois constituíamos menos de 10% dos alunos”, conta a especialista, ainda em atuação.

Outra pioneira é a médica Nancy Denicol, a primeira mulher a trabalhar com urologia no Rio Grande do Sul e uma das pioneiras no país – prestou prova para ingressar na Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) em 1977 ao lado de outra única médica paulista. “Nos anos 70, isso significava atender, entre outros casos, homens com problemas de impotência e disfunção erétil — até hoje tabus. Ouvia muita piada na época”, diz a especialista aposentada.

Em pleno anos 2000, a Dra. Gisele Coelho, neurocirurgiã pediatra, é a mais jovem e uma das palestrantes do evento, relembra com ressentimento das frases preconceituosas ouvidas no período da Residência. “Essa área não é para mulher” e “quem fará a comida para o seu marido quando estiver de plantão”. Ela pensou em desistir, mas o propósito de ajudar pessoas e o comprometimento de fazer a diferença na saúde falaram mais alto na hora de tomar a decisão.

A especialista realmente fez a diferença e será lembrada na história da neurocirurgia pediátrica. Ela desenvolveu o primeiro simulador ultrarrealista de cirurgia em bebês e recebeu o prêmio internacional pela Federação Mundial de Sociedades de Neurocirurgia (WFNS, na sigla em inglês). Também fez a única cirurgia de separação de gêmeas siamesas no Brasil, um procedimento altamente complexo, o qual teve 100% de êxito.

Dados Críticos

Embora o número de mulheres na medicina tenha aumentando, segundo levantamento da quarta edição da Pesquisa Demografia Médica no Brasil 2018, realizada pela Faculdade de Medicina da USP (FMUSP) com apoio do Conselho Federal de Medicina (CFM) e o Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp), além do preconceito, ainda existe diferença na remuneração entre homens e mulheres.

Em todos os cenários analisados, a chance de os profissionais homens receberem mais do que as colegas mulheres é maior. Em três categorias salariais mais baixas o percentual de mulheres é de quase 80%, já nas três categorias mais bem remuneradas a prevalência masculina é de 51%.

Isso sem falar no número de médicas negras. É o caso da médica Thelma Assis, que ficou conhecida por participar do BBB, foi a única negra numa turma de cem alunos de Medicina. A Dra. Magna Profeta é negra e cirurgiã coloproctologista, além de professora da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), é tem algumas histórias de preconceito.

“Na época da residência, eu era a única mulher. A gente acaba se acostumando com a pressão de ser mulher e negra, sempre tive que ser mais perfeita que os outros, mostrar o quanto sabia. Até hoje ouço absurdos. Outro dia, no quarto do hospital, passando para ver o paciente, me perguntaram se eu iria limpar o quarto. Respondi que sabia até operar também. É um caminho árduo, mas que vale a pena”, conta.

Serão 4 eventos virtuais, voltados para mulheres na medicina, nos dias 08, 15, 22 e 29/03 (todas às segundas-feiras), das 19h às 20h.

Pogramação dos Eventos

08/03 - Elas quebraram o telhado de vidro, com

- Dra. Angelita Gama
- Dra. Magda Profeta
- Dra. Nancy Denicol
- Dra. Elenir Nadalin
Moderadora: Lúcia Helena, jornalista do UOL

15/03 - Não é sobre idade, é sobre garra: cases sem rótulos, com:

- Dra. Luciana Ferrer
- Dra. Luciana Guimarães
- Dra. Gisele Coelho
- Dra. Daniela Ponce
Moderadora: Tayná Leite ONU Mulheres

22/03 - Apoio e união: a importância de estarmos juntas para salvar vidas, com:

- Dra. Maria Cristina Maya
- Dra. Marcela da Cunha Sales
- Dra. Karin Anzolch
- Dra. Vanessa de Holanda
Moderadora: Jaqueline Escotero World Courier AmerisourceBergen

29/03 - O papel fundamental da mulher no futuro da medicina, com:

- Dra. Lenises de Paula
- Dra. Sthela Regadas
- Dra. Audrey Tsunoda
- Dra. Paula Poletti
Moderadora: Adriana Carvalho - Ernst & Young

Os eventos são direcionados para mulheres da área da saúde. Para participar, basta se inscrever nos links acima.
Conteúdo divulgado em parceria entre a Medtronic e a Revista Medicina S/A.

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