Cirurgia sem bisturi é alternativa para tratamento menos invasivo de Parkinson
Doença progressiva do sistema neurológico, o Parkinson tem tratamentos cada vez melhores para atenuar os seus sintomas. Causada pela morte das células nervosas – responsáveis pela produção de dopamina – a doença afeta 200 mil brasileiros e já conta com métodos como o Gamma Knife (neurocirurgia menos invasiva sem cortes) e o DBS (estimulação neural profunda) para casos mais avançados, quando só os medicamentos não são suficientes.
“A cirurgia de Gamma Knife, também conhecida como ‘cirurgia sem bisturi’, utiliza a concentração de feixes de radiação na área onde são provocados sintomas da doença com uma precisão milimétrica, de modo que gere nenhum ou pouquíssimos efeitos adversos”, detalha Murilo Meneses do Hospital INC, um dos precursores desse tipo de tratamento no país.
O tratamento é feito para amenizar os sintomas do Parkinson. Para isso, podem ser usados medicamentos ou uma intervenção cirúrgica, com a finalidade de tratar problemas com o andar, tremores e movimentos musculares. “O DBS, por exemplo, é a colocação de eletrodos numa região do cérebro conhecida como ‘núcleos da base’ para modular a transmissão nervosa, relacionada ao sistema dopaminérgico e tratar os sintomas da doença de Parkinson”, afirma Meneses.
Para o futuro, o especialista avalia que novos estímulos neurais serão descobertos em breve, facilitando a amenização dos sintomas do Parkinson. “Poderemos regular, por exemplo, os marcapassos [eletrodos] do paciente à distância, via internet. Hoje, pesquisadores trabalham para aumentar a duração da bateria do DBS. São modificações que devem facilitar a vida dos pacientes que recorrem a esse tratamento”.