Padronização de avaliação traz nova perspectiva para o tratamento da leucemia
A Sociedade Brasileira de Transplante de Medula Óssea (SBTMO) e a Amgen lançam neste mês o projeto da padronização da avaliação da Doença Residual Mínima (DRM) em pacientes com leucemia linfoblástica aguda (LLA) no Brasil.
Após o tratamento com quimioterapia padrão, entre 30 e 58% dos pacientes podem apresentar Doença Residual Mínima (DRM) positiva1 – ou seja, uma quantidade baixa da doença que persistiu ao tratamento inicial para LLA. Nesse caso, cerca de 87% dos pacientes podem apresentar uma recaída no quadro de saúde.
Para evitar o ressurgimento da doença, é necessário se atentar ao diagnóstico precoce da DRM, que pode ser detectada por métodos de citometria de fluxo de alta sensibilidade – exame que conta, classifica e analisa as amostras da medula óssea do paciente. Em caso positivo, o método possibilita uma melhor avaliação do prognóstico de cada paciente, a indicação e aplicação de um novo tratamento para diminuir os riscos de recidiva e maior segurança quando o transplante de medula óssea (TMO) se fizer necessário.
“Com a padronização, é possível identificar a DRM de forma precoce e trazer maior segurança no diagnóstico. Além dos benefícios explícitos para as famílias que combatem o câncer, o projeto contribui com a sustentabilidade do sistema de saúde, já que é capaz de minimizar as falhas de interpretações do exame”, comenta Tatiana Castello Branco, diretora médica da Amgen Brasil.
A iniciativa foi apresentada para a classe médica e citometristas durante o HEMO 2019 – Congresso Brasileiro de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular, que aconteceu entre 6 e 9 de novembro no Rio de Janeiro.