18 milhões morrem por ano sem acesso a Cuidados Paliativos

Iniciativa da The Worldwide Hospice Palliative Care Alliance (WHPCA), o Dia Mundial dos Cuidados Paliativos, que acontece anualmente no segundo sábado de outubro, tem como proposta conscientizar e educar a sociedade sobre esta temática da saúde. Segundo a definição da Organização Mundial de Saúde (OMS), os Cuidados Paliativos são uma assistência realizada uma equipe interdisciplinar que tem como objetivo melhoria da qualidade de vida do paciente e seus familiares, diante de uma doença que ameace a vida.

De acordo com a WHPCA, 76% das pessoas que necessitam da abordagem paliativa estão em países em desenvolvimento e, anualmente, 57 milhões de pessoas precisam desses cuidados. Destes, 25 milhões estão no final da vida e, ainda, 18 milhões de pessoas por ano morrem em dor e angústia desnecessárias, sem acesso a esse tipo de atendimento. Para a campanha 2023, a WHPCA, organização internacional não governamental que se concentra no desenvolvimento dos Cuidados Paliativos e Hospices no mundo, elegeu como tema “Comunidades Compassivas: Juntos pelos Cuidados Paliativos”.

Modelo Hospice na Clínica Florence

Conforme divulgado pela organização, as comunidades compassivas são essenciais ao cuidado dos indivíduos e tem como objetivo aprimorar a promoção da saúde com iniciativas voltadas ao apoio ao cuidador, a doença grave e a perda. Nos últimos anos, centenas de comunidades compassivas foram desenvolvidas em todo o mundo, multiplicando a capacidade de atender as necessidades dos mais vulneráveis. Contudo, o aumento ao acesso aos serviços de Cuidados Paliativos e Hospices continua a ser um desafio em diferentes partes do mundo, especialmente nos países de baixa e média renda.

Sob o olhar interdisciplinar, com foco na pessoa acometida e sua rede de apoio, a abordagem paliativa visa melhorar o bem-estar das pessoas que enfrentam doenças ameaçadoras a vida durante toda a trajetória clínica até sua finitude, englobando o acolhimento e o suporte emocional para o enfrentamento a dor e ao luto. Esse cuidado pode ser entregue em casa, nas comunidades, em unidades de saúde ou em Hospitais de Transição.

A abordagem dos Cuidados Paliativos

Sendo de fundamental importância para facilitar o enfrentamento de uma doença que ameaça a continuidade da vida, com tomada de decisão centrada no paciente e família, os Cuidados Paliativos “requerem identificação precoce, avaliação e tratamento da dor e de outros problemas e devem ser prestados em todos os estágios da doença, no paciente adulto ou pediátrico, não se limitando aos cuidados no fim da vida”, comenta João Gabriel Ramos, Diretor Médico da Clínica Florence, professor adjunto de medicina da Universidade Federal da Bahia e membro do Comitê de Terminalidade da Vida e Cuidados Paliativos da Associação de Medicina Intensiva Brasileira.

Ainda pouco conhecidos e considerados um tabu por parte da sociedade, “os cuidados paliativos exclusivos ou de fim de vida são associados a terminalidade do paciente. Esta abordagem, que conta com diversas especialidades da saúde, é priorizada quando não há mais resultados do tratamento modificador da doença. Esta exclusividade busca possibilitar alívio ao sofrimento seja ele físico, psicológico, social ou espiritual, da pessoa e seus entes queridos. Neste cenário de finitude, é muito importante o acolhimento e o cuidado se estendam aos familiares e cuidadores, pois todos percebem a proximidade da morte e o sofrimento se torna exacerbado”, esclarece Yanne Amorim, pneumologista, especialista em Cuidados Paliativos e Coordenadora Médica da Unidade Salvador da Clínica Florence.

Modelo Hospice

Referência na temática paliativa, o nome Hospice faz alusão ao termo hospitalidade, com origem histórica nos abrigos e hospedarias para pessoas doentes, feridas, assim como para viajantes e peregrinos, mantidos por religiosos na Europa, no século XI. O Hospice não é um local específico, mas sim uma palavra que traz o conceito e a filosofia de Cuidados Paliativos. Já o que é conhecido como Hospice Care pode ser entregue no domicílio, em hospitais gerais ou em unidades de transição de cuidados e dedica atenção compassiva no momento que uma pessoa apresenta sintomas de difícil controle e perda de funcionalidade.

Considerando as diversas dimensões do sofrimento humano e compreendendo a morte como o estágio final da vida, a filosofia Hospice, que embasa o Modelo Hospice, afirma a vida, mas não tenta apressar ou adiar a morte, para que os últimos dias sejam vividos com dignidade e o maior conforto possível, ao lado dos entes queridos. Este modelo e filosofia estão presentes no atendimento e cuidados da Clínica Florence.

“A gente não trava uma luta contra a morte. A morte faz parte da vida. Reforçar a vida foi algo que me fez admirar ainda mais a abordagem paliativa e a filosofia Hospice”, opina Yanne Amorim.

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