Diálise peritoneal domiciliar cresce no Brasil, mas ainda é subutilizada

Após uma década de declínio, o uso da diálise peritoneal domiciliar voltou a crescer no Brasil. Segundo o novo Censo da Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN) de 2025, que traz dados de 2024, a modalidade agora alcança 5,6% dos pacientes em tratamento, enquanto a hemodiálise soma 87,3% e a hemodiafiltração 7,1%.

Esse aumento representa um avanço significativo no contexto da Doença Renal Crônica (DRC) no país, especialmente porque a diálise peritoneal domiciliar oferece aos pacientes maior autonomia, já que o tratamento pode ser realizado em casa.

Apesar desta alta, a Federação Nacional das Associações de Pacientes Renais e Transplantados do Brasil (FENAPAR) alerta que essa é apenas a primeira etapa de uma mudança necessária e atua para que nos próximos 5 anos, 20% dos pacientes sejam tratados pela diálise peritoneal domiciliar no país.

Embora os números absolutos mostrem ao menos 3.000 pacientes a mais utilizando a modalidade, em comparação com os dados de 2023, a diálise peritoneal domiciliar ainda é subutilizada no SUS (Sistema Único de Saúde). Nos últimos dois anos, o Ministério da Saúde registrou 171.882 atendimentos de diálise peritoneal domiciliar, com um repasse de R$ 46,5 milhões, enquanto a hemodiálise teve mais de 36 milhões de atendimentos e recebeu R$ 9,3 bilhões.

Benefícios e desafios da diálise peritoneal domiciliar

No Brasil, estima-se que 6,7% da população adulta viva com a doença renal crônica, com um grande número impactando os idosos. Atualmente, mais de 157 mil brasileiros dependem de diálise para sobreviver.

Assim, a diálise peritoneal domiciliar é uma alternativa menos invasiva e permite que o paciente tenha uma rotina menos dependente de deslocamentos para clínicas, uma vez que o tratamento pode ser realizado pelo próprio paciente ou por cuidadores em casa.

A baixa adesão à diálise peritoneal domiciliar é um desafio complexo, impulsionado pela preferência histórica pela hemodiálise, pela remuneração inadequada para clínicas do SUS e pela escassez de profissionais especializados que possam indicar e acompanhar o tratamento. Para reverter esse cenário, é crucial investir na capacitação de profissionais, revisar a remuneração das clínicas e promover a conscientização sobre os benefícios da diálise peritoneal para pacientes adequados.

“O crescimento no uso da diálise peritoneal é um avanço para o tratamento da Doença Renal Crônica no Brasil, mas o caminho ainda é longo. A FENAPAR reforça seu compromisso em trabalhar para que mais pacientes tenham acesso à modalidade, buscando atingir a meta de 20% de adesão nos próximos 5 anos, com apoio do governo e dos médicos, para que os pacientes possam ter maior qualidade de vida”, conclui Maria de Lourdes da Silva Alves, presidente da FENAPAR. (Foto: Divulgação/Fenapar)

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