Wishe abre rodada de investimento para captar R$ 1 milhão para a PHP Biotech
A Wishe, grupo de investimento focado em startups inovadoras lideradas por mulheres, abre uma rodada de investimento que busca viabilizar R$ 1 milhão para a PHP Biotech, startup com foco no desenvolvimento de medicamento para o tratamento do câncer de mama, fundada em 2020. A captação será realizada na plataforma de Crowdfunding Equity.
“Na Wishe atuamos com pilares que chamamos dos 3 “C’s”, que são: Comunidade, Captação e Capacitação. A pessoa que investe conosco possui experiência que vai além de entrar com o capital, ela também pode colaborar com a empresa por meio de mentorias, eventos, conversas e networking com investidores que já atuam no mercado”, explica Rafaela Bassetti, CEO e sócia da empresa.
A Wishe não faz validação cadastral e as opções de investimento variam entre R$ 1 mil e R$ 5 mil. As transações financeiras são feitas pela fintech Iugu. Ao final de cada rodada, caso o valor do aporte não seja alcançado, a plataforma devolve integralmente o dinheiro investido pela pessoa. E sobre a validação cadastral, não é feita a dos investidores.
Com foco no tratamento e em busca de curar o câncer de mama do tipo Triplo-Negativo, a PHP Biotech foi fundada durante o mês do Outubro Rosa de 2020, a partir do desenvolvimento da biomolécula 3-NAntC. Depois de 15 anos de pesquisa, com comprovação antitumoral e vários testes desenvolvidos, a healthtech tem como parceiros a Kaivo Biotech, empresa de pesquisa e desenvolvimento de produtos biológicos inovadores, a FCJ Venture Builder e a junção de uma equipe com mais de vinte anos de atuação na área de P&D e indústria farmacêutica.
“Nós decidimos buscar investimentos via a plataforma da Wishe, pois planejamos que o medicamento desenvolvido por nós, esteja disponível no mercado internacional, impactando mais de 300 mil mulheres anualmente em todo o mundo”, comenta Daniela Fabbrocini, fundadora e CFO da PHP Biotech.
O câncer de mama no Brasil e no mundo
Segundo o INCA (Instituto Nacional do Câncer) o câncer de mama é o mais incidente em mulheres no mundo, representando 24,2% do total de casos em 2018, com aproximadamente 2,1 milhão de casos novos. Para o ano de 2020 foram estimados 66 mil novos casos da doença no Brasil e, a taxa de mortalidade por câncer de mama ajustada pela população mundial apresenta uma curva ascendente e representa a primeira causa de morte por câncer na população feminina brasileira, com 14,23 óbitos/100.000 mulheres em 2019.
De acordo com a instituição Oncoguia, o câncer Triplo-Negativo é um subtipo agressivo que não possui tratamento específico e pode levar a óbito entre 30% e 40% das mulheres que o desenvolvem, porém com a tecnologia desenvolvida pela PHP Biotech, por meio da molécula 3NAntC, o produto tende a ser mais eficaz, com maiores índices de cura e menores índices de efeitos adversos. A molécula foi criada por pesquisadores usando o processo de biotecnologia.
“Até chegarmos na molécula, foram investidos mais de 15 anos em pesquisa. Já realizamos testes que demonstraram eficácia contra tumores do tipo Triplo-Negativo e, atualmente, nossa equipe está dedicada à fase de testes pré-clínicos”, explica Patrícia Heloise Alves Bezerra, biotecnóloga responsável pela parte técnica da PHP Biotech.
Buscando solucionar o gap de gênero no ecossistema de startups, a Wishe aprimora as opções de investimento e democratiza o acesso à capital para empresas lideradas e fundadas por mulheres. “Acreditamos no potencial da PHP por alguns aspectos extremamente relevantes: o papel da mulher na ciência e uma pesquisa científica de ponta realizada no Brasil, que chamou nossa atenção. Por trás disso, há um time executivo e de gestores especializados no mercado. E também por estarmos abordando um tema global, uma vez que o tratamento poderá chegar ao mundo inteiro”, comenta Rafaela Bassetti, CEO da Wishe, sobre o investimento.
“Para a PHP Biotech essa parceria com a Wishe reforça nosso propósito, em que escrevemos um novo capítulo na história do tratamento do câncer de mama sob a força e a garra da mulher brasileira empreendedora”, reforça Fabbrocini.