Startup comprova ação virucida do ozônio contra o coronavírus
Em meio à pandemia, pessoas e empresas buscam soluções para ajudar no combate à proliferação do coronavírus que tem afetado o mundo todo. Dentro desse cenário, a WIER , uma startup que nasceu de um trabalho de conclusão de curso (TCC) em 2011, e que desde então desenvolve soluções inovadoras com tecnologia de plasma frio e ozônio (O3), conseguiu uma importante validação para seus equipamentos. Testes realizados em laboratório do Instituto de Biologia da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) mostraram ação virucida com eficiência de 99,99%, mostrando potencial aplicação do equipamento gerador de ozônio em ambientes fechados para vírus do grupo Coronavírus.
“O ozônio é um forte aliado para combater microorganismos tanto no ar quanto em superfícies de ambientes, como veículos, quartos de hotéis, salas de espera, leitos de hospitais, residências, entre outros locais similares. Nesse cenário, a solução ajuda a diminuir a propagação de vírus e na prevenção de novos casos da doença”, afirma Bruno Mena Cadorin, CEO da WIER.
Para chegar a essa conclusão, os testes foram realizados em laboratório NB-2 (Biosafety Level 2) seguindo as recomendações da Anvisa e metodologias internacionais com CORONAVÍRUS/MHV gênero Betacoronavirus, mesmo gênero e família das espécies Covid-19, MERS e SARS-CoV-1. Foram testados dois modelos de geradores, o OZmini e OZpro. O primeiro se manteve ligado por 30 minutos e desligado por 10 minutos. Já o segundo, foi ligado por 15 minutos e desligado por mais 10 minutos. A WIER explica que, por ser um gás, o ozônio se espalha por todo o ambiente onde é aplicado e alcança lugares que uma limpeza convencional não chegaria, ajudando a proporcionar assim uma sanitização do ambiente mais próxima ao ideal.
“A aplicação em ambientes é simples e ocorre por meio de um equipamento chamado Gerador de Ozônio com tecnologia de plasma frio, o qual é compacto, de uso simples e intuitivo. Outro lado positivo é que a tecnologia é sustentável e ambientalmente correta”, explica Cadorin.
A tecnologia, baseada em utilização de ozônio, se tornou uma das mais eficientes no tratamento de meios contaminados por microorganismos e poluentes orgânicos nos últimos anos. Ela é aplicada também para eliminar odores, tratar águas poluídas, reduzir agrotóxicos de alimentos e até mesmo evitar perdas de produção agropecuária. A WIER investiu na área em 2011, visando utilizar a solução ecológica em vários setores: mercado residencial, automotivo, náutico, hoteleiro, além de grandes indústrias como a cervejeira, têxtil e agropecuária. Atualmente, a empresa tem seus produtos em mais de 20 países.
Como funciona
O ozônio (O3) é um gás natural formado a partir do oxigênio do ar (O2). O equipamento usa as tecnologias de Plasma Frio e Ozônio, produzindo o gás que é capaz de combater microorganismos como bactérias, vírus e fungos presentes no ar, na água e em superfícies de maneira ambientalmente correta e eficiente. Devido ao seu alto poder oxidante o ozônio é capaz de destruir quimicamente a parede de proteção de micro-organismos e organelas vitais para sua vida, conduzindo à sua inativação.
A empresa destaca que não se trata de ozonioterapia. A WIER possui geradores de ozônio que são utilizados em ambientes fechados e vazios, como casas, academias, clínicas, hotéis e carros. Com anos de atuação no mercado, a empresa possui laudos que comprovam a eficácia na inativação de vírus, fungos e bactérias com o uso dos geradores de ozônio em ambientes. A máquina não é destinada a uso em seres humanos para tratamentos de saúde e deve ser aplicada em ambientes livre de pessoas e animais.
Outros estudos
Segundo publicação do jornal Japan Times , pesquisadores da Fujita Health University, em Toyoake, Japão, afirmaram que o gás ozônio em concentrações de 0,05 a 0,1 ppm, que são níveis considerados inofensivos para os humanos, pode neutralizar o vírus da Covid-19 no uso em ambientes. O experimento japonês usou um gerador de ozônio em uma câmara selada com amostras do Coronavírus. A potência viral diminuiu em mais de 90%, quando o vírus foi submetido a níveis baixos do gás por cerca de 10h. O Hospital Universitário Fujita Health já instalou geradores de ozônio para reduzir a infecção nas áreas de espera e salas de pacientes.