Vigilantes do Sono recebe certificação da Anvisa
A Vigilantes do Sono, primeiro programa digital de terapia cognitiva-comportamental para insônia (TCC-I) no Brasil, recebeu certificado da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para aplicar em pacientes o tratamento para insônia. A startup comprovou que atende aos requisitos de segurança e eficácia, exigidos pelo órgão regulador, conquista inédita para o setor.
Para Lucas Baraças, CEO da Vigilantes, o deferimento é um marco para a empresa, pois evidencia que a solução da startup está validada pelo principal órgão responsável do país “É um reconhecimento importante para nós, que estamos na missão de combater a insônia e ajudar as pessoas a dormirem melhor. O aval da Anvisa nos mostra que estamos respaldados em oferecer isso às pessoas. Nos Estados Unidos, ser aprovado pelo FDA é um divisor de águas para adoção do produto pelos principais stakeholders de saúde.
Desta forma, esta aprovação da Anvisa além de nos trazer uma garantia regulatória, traz segurança para todos os stakeholders do ecossistema – Farmacêuticas, Hospitais, Operadoras de Saúde, Médicos, Psicólogos e demais profissionais de saúde, de que nosso tratamento tem efetividade clínica comprovada, abrindo portas para uma maior adoção por parte destes players para uso desta tecnologia no manejo dos pacientes em larga escala. Isso é ainda mais importante por estarmos falando de uma tecnologia inovadora em sua área. ”, afirma.
Com uma solução que alia Ciência Comportamental e Inteligência Artificial (AI), a Vigilantes do Sono é o primeiro programa digital voltado para pessoas com insônia no Brasil. A startup desenvolveu um aplicativo próprio, contendo o método que auxilia na mudança de comportamentos, proporcionando a quem tem dificuldades para dormir uma melhora efetiva na qualidade do sono, independente do uso de medicamentos.
Um estudo conduzido por cientistas da USP e da Unifesp e publicado na Sleep Epidemiology no ano passado, mostrou que mais de 65% da população brasileira relata problemas com o sono. Porém, a busca por ajuda médica ainda é pequena, de apenas 7%, conforme pesquisa elaborada pelo Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatísticas (IBOPE) em 2021.
Segundo a psicóloga e diretora da Vigilantes, Laura Castro, a busca pequena por ajuda se deve, em parte, à falta de conhecimento sobre tratamentos não medicamentosos. “O uso de medicamentos para dormir pode gerar dependência e prejudicar outros aspectos da vida do indivíduo. No entanto, poucos ainda conhecem a TCC-I como tratamento mais eficaz para a insônia, conforme os principais guidelines médicos do mundo, e nossa missão é justamente essa: apresentar para o público uma solução objetiva e eficiente”.