A transformadora experiência no Vale do Silício
Por Jorge Luiz Gonçalves Andrade
Este ano, tive a extraordinária oportunidade de participar da 1ª turma do treinamento executivo internacional no Vale do Silício, promovido pelo Sistema OCB-RJ / Sescoop-RJ (Organização das Cooperativas do Brasil / Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo no Estado do Rio de Janeiro). Localizada na região norte da Califórnia, nos Estados Unidos, a região é mundialmente conhecida como o epicentro da inovação tecnológica e empresarial.
Integrante de um seleto grupo, vivenciei de perto algumas práticas de gestão adotadas pelas maiores organizações de tecnologia do mundo e, venho por meio deste artigo, compartilhar um pouco dos conhecimentos adquiridos e como eles podem ser aplicados na administração de uma empresa, destacando as vantagens e o valor do networking.
O treinamento no Vale do Silício oferece um leque de aprendizados valiosos para qualquer profissional, independentemente do setor de atuação. Saliento, portanto, alguns pontos de observação. A região esbanja a cultura da inovação, é um verdadeiro celeiro da revolução. Instituições como Google, Apple e Facebook investem massivamente em pesquisa e desenvolvimento, incentivando seus funcionários a pensar fora da caixa e a buscar soluções diferenciadas para problemas complexos. Agilidade e flexibilidade para se adaptar com rapidez às mudanças de mercado faz parte do DNA dessas empresas e, por meio de metodologias como Scrum e Kanban, são gerenciados projetos e garantidos que produtos e serviços sejam entregues com eficiência e qualidade. O foco no cliente, a experiência do usuário é um pilar essencial no ramo da tecnologia. Entender as necessidades dos clientes e desenvolver soluções que realmente agreguem valor para eles é condição base para a sobrevivência. E por último, entretanto, não menos importante, o uso de big data e análise preditiva para tomar decisões informadas é uma prática comum no Vale do Silício. Isso permite às instituições identificar tendências, otimizar operações e personalizar ofertas.
Como gestor no segmento da Saúde Suplementar, reconheço que essa rica imersão no Vale do Silício pode ser aplicada de várias maneiras com a finalidade de melhorar a administração e a prestação de serviços. Isso é possível através da implementação de tecnologias inovadoras, como inteligência artificial, telemedicina e análise de dados. Essas tecnologias podem aprimorar o diagnóstico, personalizar tratamentos e otimizar a gestão de recursos. Fomentar uma cultura de inovação no ambiente empresarial também é crucial. Incentivar os colaboradores a propor novas ideias e soluções, além de promover a colaboração entre diferentes departamentos, pode resultar em avanços significativos nos processos e serviços ofertados. A implementação de metodologias ágeis pode aumentar a eficiência operacional. Gerenciar projetos de maneira mais flexível e iterativa permite responder rapidamente a mudanças e demandas do mercado, garantindo uma entrega mais rápida e eficaz de serviços de saúde, por exemplo. Colocar o paciente no centro de todas as decisões se faz fundamental. Investir em pesquisas para entender melhor as demandas e expectativas dos pacientes, desenvolver serviços e produtos que atendam a essas necessidades pode elevar a satisfação e a lealdade dos mesmos.
Além dos aprendizados técnicos e gerenciais, o networking é uma das maiores vantagens de participar de um treinamento no Vale do Silício. Estar em contato com líderes de outras empresas e setores permite a troca de expertises, trazendo novas perspectivas e soluções para desafios enfrentados; propicia parcerias estratégicas com outras empresas, principalmente, organizações do ramo tecnológico, abrindo portas para a implementação de soluções inovadoras e avançadas na área da saúde. Menciono, ainda, o acesso a novas tendências, possível graças à conexão com o ecossistema que o Vale do Silício permite, garantindo que a organização esteja sempre na vanguarda da tecnologia em saúde.
Concluo que minha experiência foi, sem dúvida, transformadora. Os saberes adquiridos sobre inovação, agilidade, foco no cliente e uso de dados podem ser aplicados de maneira eficaz na administração da empresa, resultando em melhorias na eficiência operacional e na qualidade dos serviços oferecidos. Além disso, o networking estabelecido durante o treinamento pode trazer muitos benefícios futuros, desde parcerias estratégicas até a implementação de novas tecnologias. Ao adotar essas práticas e conhecimentos, a Unimed Nova Iguaçu se posiciona como uma líder inovadora na área da saúde suplementar, pronta para enfrentar os desafios do futuro com confiança e excelência.
*Jorge Luiz Gonçalves Andrade é Diretor Vice-Presidente da Unimed Nova Iguaçu e Conselheiro Fiscal da Unimed Federação do Rio de Janeiro (FERJ).