Pesquisadores da USP e da Fiocruz estão desenvolvendo vacina de DNA contra a zika

Pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP), vinculada à Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado de São Paulo (SCTI), e da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) de Pernambuco estão desenvolvendo uma vacina contra o vírus zika. Os testes foram realizados em camundongos e a formulação se mostrou eficaz, induzindo a resposta imune contra o patógeno e protegendo os roedores da infecção. Os resultados da pesquisa foram divulgados na revista Frontiers in Immunology.

“Geralmente, quando se fala em vacina, pensamos na inoculação de vírus atenuado ou inativado. As vacinas de DNA são uma tecnologia mais avançada, que evoluiu ao longo dos últimos 30 anos e se tornou uma plataforma terapêutica poderosa. Nesse trabalho desenhamos quatro formulações de vacina de DNA que codificam parte do complexo proteico que recobre externamente o zika. E selecionamos a que se mostrou mais eficaz”, relata Maria Sato, professora da Faculdade de Medicina (FM) da USP e autora correspondente do artigo.

Além de mais avançadas tecnologicamente, as vacinas de DNA tendem a ser mais baratas e potencialmente mais eficientes do que as feitas com vírus inativado ou atenuado. A pesquisa é apoiada pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) por meio de dois projetos (19/25119-7 e 18/18230-6). Também recebeu financiamento da Fundação de Amparo à Ciência e Tecnologia do Estado de Pernambuco (Facepe), do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), da Fundação Oswaldo Cruz e do programa da União Europeia Horizon 2020.

Vacina de DNA

Com auxílio de técnicas de biologia molecular, os pesquisadores selecionaram trechos do genoma do vírus zika que codificam parte do complexo proteico que recobre externamente o vírus: a proteína pré-membrana (prM) e a proteína envelope (E). Além disso, eles fizeram a deleção de partes específicas do envelope viral.

Para que permanecesse estável, a sequência gênica selecionada foi inserida em uma estrutura denominada plasmídeo – uma molécula circular de DNA obtida de uma bactéria que não causa doença em humanos e que, nesse caso, funciona como uma fábrica de proteínas.

Quando a formulação vacinal é inoculada, a estrutura formada pelo plasmídeo (que corresponde à vacina de DNA em si) adentra o núcleo das células do organismo imunizado. Lá dentro é decifrado o código da sequência vacinal e passam a ser produzidas proteínas iguais às presentes na estrutura do zika. Isso faz com que as células de defesa desse mesmo organismo identifiquem as proteínas como se fossem o próprio vírus, passando então a produzir anticorpos que neutralizam o patógeno e a desencadear outros mecanismos que conferem proteção.

Damos valor à sua privacidade

Nós e os nossos parceiros armazenamos ou acedemos a informações dos dispositivos, tais como cookies, e processamos dados pessoais, tais como identificadores exclusivos e informações padrão enviadas pelos dispositivos, para as finalidades descritas abaixo. Poderá clicar para consentir o processamento por nossa parte e pela parte dos nossos parceiros para tais finalidades. Em alternativa, poderá clicar para recusar o consentimento, ou aceder a informações mais pormenorizadas e alterar as suas preferências antes de dar consentimento. As suas preferências serão aplicadas apenas a este website.

Cookies estritamente necessários

Estes cookies são necessários para que o website funcione e não podem ser desligados nos nossos sistemas. Normalmente, eles só são configurados em resposta a ações levadas a cabo por si e que correspondem a uma solicitação de serviços, tais como definir as suas preferências de privacidade, iniciar sessão ou preencher formulários. Pode configurar o seu navegador para bloquear ou alertá-lo(a) sobre esses cookies, mas algumas partes do website não funcionarão. Estes cookies não armazenam qualquer informação pessoal identificável.

Cookies de desempenho

Estes cookies permitem-nos contar visitas e fontes de tráfego, para que possamos medir e melhorar o desempenho do nosso website. Eles ajudam-nos a saber quais são as páginas mais e menos populares e a ver como os visitantes se movimentam pelo website. Todas as informações recolhidas por estes cookies são agregadas e, por conseguinte, anónimas. Se não permitir estes cookies, não saberemos quando visitou o nosso site.

Cookies de funcionalidade

Estes cookies permitem que o site forneça uma funcionalidade e personalização melhoradas. Podem ser estabelecidos por nós ou por fornecedores externos cujos serviços adicionámos às nossas páginas. Se não permitir estes cookies algumas destas funcionalidades, ou mesmo todas, podem não atuar corretamente.

Cookies de publicidade

Estes cookies podem ser estabelecidos através do nosso site pelos nossos parceiros de publicidade. Podem ser usados por essas empresas para construir um perfil sobre os seus interesses e mostrar-lhe anúncios relevantes em outros websites. Eles não armazenam diretamente informações pessoais, mas são baseados na identificação exclusiva do seu navegador e dispositivo de internet. Se não permitir estes cookies, terá menos publicidade direcionada.

Visite as nossas páginas de Políticas de privacidade e Termos e condições.

Importante: A Medicina S/A usa cookies para personalizar conteúdo e anúncios, para melhorar sua experiência em nosso site. Ao continuar, você aceitará o uso. Veja nossa Política de Privacidade.