Parcerias e financiamento de pesquisas impulsionam tratamento do HIV
A farmacêutica GSK, por meio da ViiV Healthcare, vem buscando por soluções para as pessoas que vivem com HIV, focada para prover acesso de seus medicamentos aos brasileiros. Na última década, a empresa firmou acordo com o Ministério da Saúde para fornecer o dolutegravir, um dos medicamentos mais modernos para combater o vírus. Baseada em um modelo colaborativo, a companhia busca estabelecer alianças estratégicas com instituições de pesquisa no Brasil para impulsionar o desenvolvimento da ciência, inclusive com a transferência de tecnologia de medicamentos inovadores para o país.
A exemplo disso, firmou, recentemente, parceria com o Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos/Fiocruz) para o desenvolvimento e produção de antirretrovirais. Neste projeto, está prevista a colaboração para fabricar localmente uma combinação de dolutegravir 50mg e lamivudina 300mg, que resultará em um medicamento em dose única diária, inédito no Brasil.
“Esta diversidade de terapias, somada à troca de conhecimento entre instituições, vai auxiliar governos em todas as esferas na promoção de políticas públicas e acesso aos pacientes, além de promover a sustentabilidade do orçamento direcionado à saúde e o avanço da ciência no Brasil. E, o mais importante, dará subsídios para as organizações sanitárias alcançarem a meta 90-90-90 da UNAIDS”, reforça José Carlos Felner, presidente da GSK Farma Brasil.
Além da colaboração público-privada, o financiamento de pesquisas clínicas também é outro ponto de apoio da GSK para os cientistas brasileiros. Foi o caso da Unifesp, que anunciou o resultado de um estudo clínico em que foi possível eliminar o HIV do organismo de um paciente somente com medicamentos – sem a necessidade de um tratamento invasivo, como o transplante de medula óssea. A pesquisa foi financiada pela GSK/ViiV Healthcare e outras duas instituições.
Um dos objetivos da empresa também é suportar a progressão dos indicadores em relação à meta 90-90-90 da UNAIDS no mundo todo, inclusive no Brasil, por meio de iniciativas digitais para ampliação do conhecimento do HIV para o público jovem e apoio para educação continuada de profissionais de saúde para fazer com que 90% das pessoas que vivem com HIV tenham conhecimento sobre seu estado sorológico; destas, 90% estejam em tratamento antirretroviral e, 90% tenham carga viral indetectável e, portanto, não transmitam o vírus.
Os dados do Relatório do Monitoramento Clínico do HIV publicado pelo Ministério da Saúde em 2019 mostram que, em 2018, das pessoas que vivem com HIV no Brasil, 85% já fizeram teste; destas, 78% estão em tratamento e, desse percentual, 93% apresentam supressão viral.
HIV no Brasil
900 mil pessoas vivem com o vírus no Brasil1 e 87% das pessoas que iniciaram o tratamento em 2018 estão em uso do antirretroviral dolutegravir;
O SUS oferece gratuitamente testes para diagnóstico de HIV. Existem, no Brasil, dois tipos de testes: os exames laboratoriais e os testes rápidos. Os testes rápidos são práticos e de fácil execução; podem ser realizados com a coleta de uma gota de sangue ou com fluido oral, e fornecem o resultado em até 30 minutos;
O Brasil garante acesso universal ao tratamento para HIV e foi reconhecido pela ONU como referência mundial no controle da AIDS;
Cerca de 731 mil pessoas que vivem com o HIV no país fazem uso da terapia antirretroviral em unidades da rede pública de saúde.