Grupo Trasmontano investe R$ 560 milhões em expansão
Prestes a comemorar 90 anos, o Grupo Trasmontano, dono do Hospital IGESP (Instituto de Gastroenterologia de São Paulo), anunciou a expansão de suas operações para ampliar a capacidade de atendimento e focar também no público mais jovem. O investimento total é de cerca de R$ 560 milhões, montante que sairá do próprio caixa da instituição para o lançamento do IGESP Belém, um centro médico no Shopping Aricanduva, uma nova unidade da Fasig (Faculdade de Ciências da Saúde IGESP) e maternidades no Centro Trasmontano da Sé e no Hospital IGESP de Praia Grande (SP).
A unidade no Belenzinho, zona leste de São Paulo, conta com um investimento de R$ 70 milhões e a inauguração está prevista para o fim de 2022, enquanto o centro médico no Shopping Aricanduva abre as portas agora em dezembro. O grupo possui dez centros médicos, que oferecem atendimento especializado, porém, o empreendimento no Shopping Aricanduva é um experimento com o objetivo de facilitar o acesso dos pacientes. “O associado sai para passear, ir ao cinema, fazer suas compras e pode aproveitar para marcar uma consulta ou ser atendido”, explica Fernando José Moredo, Presidente do Grupo Trasmontano.
Já a nova unidade da Fasig (Faculdade de Ciências da Saúde IGESP) deve ser inaugurada em janeiro de 2023, com nove andares e capacidade para atender mais de 1.500 alunos. A instituição oferecerá cursos de medicina, direito e tecnologia da informação, todos com foco em saúde e com opção de ensino à distância.
Além disso, ainda estão previstas as maternidades no Centro Trasmontano da Sé que será inaugurada em meados de 2025 e o Hospital IGESP de Praia Grande (SP) aguardado para junho de 2022. Serão criados 350 leitos, totalizando 580 leitos em toda a rede de atendimento. “Com esses novos projetos, o perfil de atendimento também deve ser expandido para uma população mais jovem, o grupo ganha acesso ao histórico de tratamento completo dos pacientes e consegue padronizar o atendimento”, comenta o presidente.
A expansão também tem como objetivo diminuir os custos operacionais da entidade, que planeja seguir funcionando apenas no estado de São Paulo. É preciso levar em consideração que o Grupo Trasmontano é uma associação, com o propósito de tornar a saúde acessível às pessoas. A empresa também não tem fins lucrativos e atualmente não possui dívidas. Segundo Moredo, essa situação é atribuída às lições do passado e à tradição portuguesa. “Nós, os portugueses, gostamos de manter o pé no chão e sempre investir em projetos de acordo com as nossas possibilidades. Não nos aventuramos tanto”, conta.
Os investimentos são de recursos próprios, sem nenhum tipo de financiamento envolvido, graças à solidez conquistada pela instituição e seu alto índice de liquidez, que faz com que o grupo se torne resistente às adversidades externas. “Não vejo no atual cenário político-econômico do país nenhum risco à nossa expansão e também não sinto uma mudança expressiva nas atividades que fizemos durante a pandemia, quando muitas empresas do setor infelizmente registraram prejuízos”, diz.
“As estruturas hospitalares são caras, temos muitos profissionais da saúde e gestores de alta qualidade e precisamos remunerar bem todo mundo. Mas o nosso principal objetivo é aprimorar o nosso serviço e formar cada vez mais profissionais de excelência. É isso que motiva os nossos planos”, finaliza.