The Bakery lança Health Lab de inovação com a Medley
Seis meses depois de declarada a pandemia do novo coronavírus, enquanto o mundo se mobiliza para achar uma vacina para a Covid-19, empresas da área da saúde aceleram seus processos de inovação para fazer frente aos novos desafios e oportunidades do setor e acompanhar a evolução das health techs. Pela primeira vez nesse novo contexto, de três a cinco grandes marcas dessa indústria, entre elas a Medley do Grupo Sanofi, irão se unir em um programa colaborativo com modelo pioneiro, o The Bakery Health Lab, que acaba de ser lançado no país pela empresa global de inovação corporativa The Bakery, fundada na Inglaterra, e presente no Brasil e com atuação em outros 30 países. Serão definidos dois grandes desafios em conjunto e mapeadas mais de 200 soluções globais, dentre empreendedores e startups nacionais e internacionais.
A Sanofi, uma das principais indústrias farmacêuticas do país, confirmou que a marca Medley participará da primeira edição do programa, que terá início em outubro e duração de seis meses. Para Denise Mello, Head de Branding e Projetos Estratégicos da Medley, o modelo criado pela The Bakery é capaz de gerar resultados únicos e de muito valor agregado para a saúde do brasileiro.
“Um dos propósitos da Medley é usar a inovação aberta também para democratizar o acesso à saúde, proporcionando atendimentos e serviços acessíveis e de qualidade para um número cada vez maior de pessoas. Acreditamos que, através das ferramentas inovadoras do Health Lab e da criação de um forte ecossistema de saúde (com desafios similares mesmo atuando em segmentos diferentes), chegaremos a soluções disruptivas e únicas, que beneficiarão nossos consumidores”, destaca Denise.
O programa está na reta final do processo de seleção e até outras quatro grandes marcas farão parte do seleto grupo. Entre as candidatas estão operadoras de saúde, players de medicina diagnóstica, saúde e bem-estar, redes de farmácias e de hospitais.
Olhar global para desafios nacionais
“Um dos diferenciais do The Bakery Health Lab é, justamente, conseguir reunir e engajar empresas de um mercado cujas relações de aproximação têm dificuldade de ocorrerem naturalmente, apesar de atuarem no mesmo setor e muitas vezes de forma complementar. Somos o agente isento e agregador que estimula o diálogo e a troca de experiências em busca da sustentabilidade da cadeia da indústria da saúde e de melhorias para a jornada dos clientes e pacientes”, afirma Ana Cláudia Rasera, diretora do Health Lab da The Bakery.
Antes de aceitar o convite para assumir a área, Ana, que é especialista em bioquímica, foi cliente da The Bakery através do Grupo Fleury, uma das empresas de saúde mais inovadoras do Brasil, da qual ela foi líder de Pesquisa & Desenvolvimento. “Fiquei encantada com a eficácia da metodologia e o fato de possibilitar a exploração de soluções em uma plataforma global, diferentemente de outras iniciativas com conexões restritas a startups apenas nacionais”.
A aposta da The Bakery no desenvolvimento da área da saúde com o lançamento do Health Lab já vinha sendo desenhada desde o início do ano e recebeu mais impulso com a mudança de cenário provocada pela Covid-19. Segundo o sócio e cofundador Marcone Siqueira, “apesar de a The Bakery trabalhar inovação em todos os setores da indústria, de grandes bancos ao varejo, o segmento com maior potencial de transformação nos próximos anos é, sem sombra de dúvidas, o da saúde”.
Health Techs e novo perfil de paciente estimulam o setor de saúde a se reinventar
Ana Cláudia Rasera acrescenta que os desafios ligados às novas tecnologias são enormes na área da saúde por envolver rupturas com práticas antigas e consolidadas em um mercado altamente regulado. “É um setor que está vivendo um momento único, com o surgimento e desenvolvimento de inteligência artificial, dados genéticos massivos, telemedicina, big data e possibilidades terapêuticas”.
Segundo a Agência Nacional de Saúde Suplementar, apenas 22% dos brasileiros são usuários de planos de saúde e esse número vem caindo nos últimos anos por conta da crise econômica e aumento do desemprego. Há potencial de inclusão e de surgimento de novos formatos para democratizar o acesso à saúde. Hoje, já existem mais de 500 startups no Brasil consideradas health techs e outras milhares no mundo. Vistas por uns como ameaça e por outros como parceiras, elas estimulam o setor a se reinventar e trazem alternativas para consumidores cada vez mais exigentes, que buscam serviços mais eficazes e com melhor custo-benefício.
“O paciente já não quer ter uma posição passiva diante do médico ou da indústria farmacêutica. Ele se tornou mais questionador e busca novas experiências para cuidar da sua própria saúde através de plataformas participativas”, explica a diretora do Health Lab da The Bakery. “Por tudo isso, queremos ajudar o setor a ser mais inovador, mais eficiente e menos oneroso, de forma colaborativa”, finaliza.