Telemedicina para atenção à saúde primária: é possível?
Com a pandemia do Covid-19 e as normas de distanciamento social, novas tecnologias precisaram ser desenvolvidas para atender as demandas e desafogar o sistema de saúde. Algumas tiveram caráter emergencial, outras vieram para revolucionar a assistência ao paciente. Esse é o caso da telemedicina. Para Arthur Dinóla, diretor da CLOUDSAÚDE, tecnologia está transformando a atenção à saúde primária no Brasil.
Um dos principais benefícios apontados por ele é o desafogamento dos atendimentos. Afinal, no padrão atual de comportamento da sociedade, quando uma pessoa se sente indisposta, ela procura o pronto-socorro e, consequentemente, sobrecarrega a triagem, comprometendo a assistência de casos urgentes e potencializando o risco de infecções.
“Com a telemedicina, o atendimento pode ser feito de maneira mais rápida, deixando as ações mais urgentes com os profissionais presenciais, reduzindo as filas e melhorando a qualidade de vida de profissionais e pacientes”, destacou Dinóla.
Um outro ponto benéfico da telemedicina é a redução do risco de infecções. Conforme o Ministério da Saúde (MS), a taxa de infecção hospitalar é de aproximadamente 14% nas internações no país. Assim, ao evitar visitas desnecessárias aos hospitais, o risco é reduzido.
Segundo o executivo, a telemedicina é uma solução viável, de fácil uso e intuitiva que se destina a diferentes níveis sociais garantindo uma rápida resposta e amplitude no atendimento uma vez que, por intermédio da interconsulta, um médico pode contar com o apoio de especialistas de diversas áreas, compartilhando sua tomada de decisão.