Telemedicina pode contribuir para a democratização da saúde

Jihan Zoghbi, CEO da Dr. TIS

A pandemia de Covid-19 tem desafiado os sistemas de saúde e acelerado processos rumo à transformação digital. Esse tema foi discutido em uma das palestras do Saúde Summit 2020 — evento promovido pelo Sebrae-PB, que reuniu alguns dos principais players do setor no Brasil. Durante o painel “Transformação digital na saúde”, o cardiologista Cídio Halperin lembrou que a telemedicina é um exemplo de tecnologia eficiente que já estava pronta para operar muito antes de março.

Fato é que diversos países já se beneficiam do serviço há anos. Até mesmo o Brasil já operava em algumas frentes, com as interconsultas e o armazenamento de exames de imagem na nuvem. No entanto, o serviço de teleconsulta — focado direto no paciente — só foi regulamentado quando o isolamento social virou necessidade para frear o contágio pelo novo coronavírus.

Segundo a CEO da startup de telemedicina Dr. TIS, Jihan Zoghbi, foi preciso inovar com pressa para sobreviver em um momento como este. “Hospitais foram as primeiras entidades afetadas. Como você vai sobreviver se os custos aumentaram, a entrada de paciente caiu e as cirurgias eletivas foram canceladas? Dados apontam queda de 30% a 40% no faturamento mensal das instituições. Numa situação dessas, você precisa inovar”, afirmou a também presidente da Associação Brasileira de CIO em Saúde (ABCIS).

Os entraves

Para Halperin, o sistema de saúde precisa estar focado no paciente — muito diferente da realidade, que ainda está literalmente distante de quem precisa de atendimento. “Segundo o IBGE, aproximadamente 65% dos municípios da região Nordeste são considerados de localização remota, ou seja, de difícil acesso. Muitos, inclusive, sem ligação de dados — apenas ligação de voz”, pontuou ele. E não é apenas a distância e o falta de estrutura que geram os entraves para a evolução digital na saúde. O especialista também destacou a concentração de médicos nos grandes centros e o analfabetismo funcional digital. “São oportunidades interessantes para atendimentos à distância com a telemedicina no momento em que nós temos essa desigualdade”, destacou.

No entanto, “não existirá transformação digital no Brasil sem o setor público”, complementou Jihan. A executiva acredita que a democratização da saúde começa pelo incentivo às startups. “Desenvolvemos um sistema em 2017 e a burocracia atrasou em anos nossa operação. Não existe nenhuma orientação estabelecida no âmbito da Anvisa ou da Vigilância Sanitária para ajudar empreendedores como eu. Tem que correr atrás”, contou ela, lembrando que, para o empresário sobreviver no Brasil, é preciso persistência e insistência. “É uma mudança cultural de todos os envolvidos: governo, instituições de saúde e pacientes. Todos precisam perceber os benefícios das novas possibilidades, se interessar pelos processos, aprender a operar e experimentar os resultados que esse esforço proporciona”, finalizou.

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