Como a tecnologia tem aprimorado o diagnóstico por imagem
Por Osvaldo Landi Jr
A Organização Mundial da Saúde (OMS) definiu que os diagnósticos são indispensáveis para promover a saúde de forma universal, além de responder a emergências e permitir o aumento da expectativa de vida. Ou seja, a importância dos diagnósticos para o avanço da saúde no mundo se torna cada vez mais perceptível frente aos desafios constantes que estamos enfrentando.
Conforme as análises médicas avançam, é possível detectar doenças com mais precisão e agilidade, permitindo tratamentos mais eficazes. Além disso, o diagnóstico precoce possibilita predizer as condições de saúde do paciente e executar medidas preventivas.
A grande responsável por toda essa evolução é a tecnologia, que permitiu, por exemplo, o avanço nos exames de diagnóstico por imagem, o que agilizou a identificação de patologias em fase inicial, otimizando tratamentos e aumentando as chances de cura.
Uma dessas ferramentas é o software AIDOC, desenvolvido por uma empresa israelense e oferecido por oito hospitais públicos de São Paulo e um de Goiás. O programa utiliza algoritmos de inteligência artificial para analisar e identificar padrões de imagem em exames de tomografia computadorizada. Quando existe uma alta probabilidade para um achado crítico, o exame é priorizado para que o paciente possa ser prontamente atendido. O objetivo final é reduzir o tempo de início do tratamento de condições graves. São minutos críticos, principalmente na primeira hora de atendimento, que podem fazer a diferença na redução das sequelas e até mesmo salvar vidas. Em média, a redução do tempo total, do exame até a notificação do médico, é de 94 minutos, divididos em pré-diagnóstico e notificação depois do diagnóstico
Desde que o programa começou a ser testado, em 2018, já foram analisados exames de mais de 100 mil pacientes para a pesquisa de diversos tipos de condições como AVC, tumores cerebrais, fraturas de costela e da coluna cervical, entre outros.
Podemos citar também o exame de hemodinâmica. Quando a técnica surgiu, era utilizada apenas como um método de diagnóstico, mas atualmente a realização deste exame pode solucionar diversos problemas cardiovasculares congênitos ou adquiridos. Um serviço como a hemodinâmica permite reduzir o número de cirurgias cardíacas abertas, que normalmente têm uma recuperação mais lenta e são muito mais invasivas para o paciente.
Com o auxílio de equipamentos de ponta, os métodos de diagnóstico oferecem respostas eficientes e ajudam a definir os melhores tratamentos, contribuindo para a promoção da saúde e do bem estar da população.
*Osvaldo Landi Jr. é médico radiologista e Gerente de Inovação e Dados da Fundação Instituto de Pesquisa e Estudo de Diagnóstico por Imagem (FIDI).