Sustentabilidade ambiental e financeira de mãos dadas na saúde
Falar de sustentabilidade, seja ela qual for, nunca foi tão relevante. Vivemos um momento, principalmente no setor da saúde, em que o atendimento assistencial, o financeiro e o socioambiental das instituições precisam andar juntos, em sinergia. Nos últimos meses, nos deparamos com diversas situações que comprovam isso: as dificuldades dos hospitais, a crise dos planos de saúde e as graves enchentes que causaram uma verdadeira tragédia no Rio Grande do Sul são exemplos dessa necessidade. Por sorte, dentro de um cenário tão complexo, temos uma grande aliada: a tecnologia.
Não é novidade que as inovações digitais são fortes aliadas à saúde, principalmente no quesito assistencial e financeiro. Prontuários Eletrônicos do Paciente, Sistemas de Gestão (ERP) são alguns dos exemplos de soluções que já fazem parte do escopo do setor há algum tempo. Nos últimos anos, acompanhando a necessidade (e obrigação) que temos com o meio ambiente, foram desenvolvidas tecnologias paperless que focam não só na agilidade, eficiência e segurança de dados das instituições, como também contribuem de forma significativa para a preservação da natureza.
A tecnologia paperless vem com o intuito de mostrar aos gestores de unidades e operadoras de saúde que é possível economizar e contribuir para uma jornada do paciente ainda mais segura e “limpa”. Além disso, a cultura “sem papel” contribui para o desenvolvimento do trabalho dos médicos e enfermeiros, uma vez que ao terem os dados do paciente concentrados no mesmo ambiente, evita-se perdas de informações e ganha-se tempo no atendimento que antes seriam destinados a pesquisa.
Mas, o que alguns gestores de instituições de saúde ainda não sabem é o seguinte: o orçamento para tornar-se digital já existe. Ele está presente no valor destinado a compra de papéis, toners e impressoras. O melhor é que, com a escolha pela transformação digital, ele irá economizar ao menos 60% do valor inicial que poderá ser destinado ao atendimento assistencial mais rápido, seguro e eficiente já que não será mais necessário assinaturas em papel e os dados estarão protegidos por sistemas. Outros resultados que podem ser alcançados são baixas margens de desperdício, abrindo possibilidade de redirecionamento do “lucro” para fins como aumento de leito dos hospitais; mais médicos para atendimento presencial; melhorias estruturais, entre outros.
Além disso, aderindo à tecnologia “sem papel” a instituição contribuirá – e muito – para a preservação da natureza ao evitar que o papel – resultado do desmatamento de árvores – seja consumido nas instituições e operadoras de saúde. Em tempo, segundo a pesquisa realizada pela PWC, em 2022, o consumo deste material, apenas no Brasil, é equivalente a 50kg ou 10 mil folhas A4 por habitante ao ano (segundo censo divulgado pelo IBGE atualizado em 2023, a nossa população passa dos 203 milhões).
Ademais, os colaboradores também podem – e devem – fazer sua parte para contribuir com a sustentabilidade ambiental e financeira. Atitudes como apagar as luzes em ambientes vazios, separar os tipos de lixos em lixeiras destinadas à reciclagem, não deixar a torneira aberta, podem parecer pequenas em determinado momento mas, somadas, definitivamente farão a diferença diante da sociedade.
Dessa forma, gestores que investem na sustentabilidade e apostam na tecnologia como um dos meios para esse fim levam a sua companhia a tornarem-se uma empresa “verde” e consequentemente, a serem melhores vistas diante de uma sociedade que, cada vez mais, luta pela manutenção do meio ambiente para que gerações próximas – e não tão distantes – não sofram as consequências de erros que poderiam vir a serem evitados.
*Genilson Cavalcante é CEO da Green Paperless.