Startups e a Saúde 5.0: A Próxima Fronteira da Saúde Digital
Por Bruno Trindade
No mercado da saúde, existem áreas a serem trabalhadas para complementar as principais funções adotadas por hospitais, clínicas e demais estabelecimentos. Aliando tecnologia com a necessidade no atendimento ao paciente, as startups prestam papel fundamental, trazendo inovação, produtos e serviços de qualidade para todos. Agora, com o cenário estabelecido, precisamos olhar para a oferta de ferramentas para a saúde 5.0.
A Saúde 5.0 define a incorporação de tecnologias emergentes, como a IA, robótica, Big Data, entre outros. E dentro deste contexto, as startups têm prestado papel fundamental explorando esses novos contextos.
De acordo com o Healthtech Report, da Distrito, 27,63% das healthtechs brasileiras atendem ao setor de Gestão e Prontuário Eletrônico do Paciente, com 14,99% sendo responsáveis pelo Acesso à Saúde e 11,02% sendo responsáveis pela telemedicina. Para outras áreas, mais alinhadas com a saúde 5.0, temos o dado de que 6,65% das startups focam em IA e Big Data.
Dado este cenário, é possível pensar em um ecossistema onde empresas tradicionais, startups e o cliente vivam em confluência, estabelecendo uma ponte e uma comunicação enriquecedora, que tem como foco o cuidado com o paciente.
Nesse caso, as startups prestarão papel fundamental, não somente complementando instalações mais robustas como ERPs, mas propondo para os estabelecimentos de saúde alternativas a mecanismos já consolidados ou obsoletos.
Segundo a mesma pesquisa da Distrito, desde 2019, as healthtechs receberam US$ 1,4 bilhão em investimentos, mostrando que o mercado está de olho e busca inovação, auxiliando com aportes financeiros.
Os desafios proporcionados pela Covid-19 impulsionaram o crescimento destes organismos, em virtude do senso de urgência para a proteção de pacientes e profissionais, além do mapeamento da doença.
Com uma leve queda após o cenário pós-pandêmico, ainda sim as startups seguem seu propósito, alinhadas com a massificação de tecnologias na nuvem e do amadurecimento de temas como a interoperabilidade e a transformação digital.
De nossa parte, aqui na HA, estamos em constante diálogo com as startups, olhando o ecossistema e agregando para inovação e transformação da saúde digital com todos que fazem a diferença para a assistência ao paciente.
Para 2024 a tendência é que sigamos nesse fluxo, e cabe a todos os atores do ecossistema da saúde a responsabilidade de lidar corretamente com as healthtechs que surgem, observando os planejamentos estratégicos de cada uma, o propósito e a execução potencial daquele produto.
*Bruno Trindade é Diretor Executivo da Healthcare Alliance.