Levando o real valor do diagnóstico aos laboratórios e pacientes
Por Sandra Sampaio
O setor de saúde, marcado por sua complexidade, tem passado por inúmeros desafios nos últimos anos – e a medicina diagnóstica e o ambiente laboratorial fazem parte desta espiral. Cada vez mais, é preciso pensar em formas de garantir a máxima eficiência e produtividade nos laboratórios, buscando resultados mais seguros, tomadas de decisão mais assertivas e benefícios aos pacientes.
Para maximizar a eficiência e evitar desperdícios, é fundamental ir além do investimento em equipamentos. Olhar para os processos, ao buscar fluxos mais enxutos, com comunicação fluida e informação clara em todos os pontos de contato, já é um ótimo primeiro passo, pois evita retrabalho, conflitos e sobrecargas na equipe, por exemplo. Mas precisamos ir além: é preciso haver integração.
É muito importante reforçar aqui que nem tudo o que está conectado está integrado. Por outro lado, é possível ter um laboratório totalmente integrado sem necessariamente existir uma conexão física. A integração é quando todos os elementos da operação, físicos ou virtuais, são projetados e funcionam como um só, o que possibilita utilizar todo o potencial de cada elemento e a criação real de valor de diagnóstico.
Do ponto de vista tecnológico, a integração se faz ainda mais necessária para que o sistema no laboratório trabalhe de forma eficiente. Podemos comparar ao corpo humano: as pernas, os braços e a cabeça não funcionam sem o cérebro. Assim como a automação tem que estar conectada à inteligência, com todo o fluxo de amostras em uma única solução de software, por exemplo, usando o poder dos dados para ajudar nas tomadas de decisão em saúde, com resultados mais rápidos e precisos.
A produtividade também será aprimorada com soluções integradas, que são um caminho fundamental para o sucesso em um ambiente tão complexo como a gestão de laboratórios. E isso fica mais evidente quando falamos em soluções digitais, que possuem em seu DNA a inovação para encontrar formas ideais de trabalhar. Eu, por exemplo, já participei de projetos de integração que mudaram o prazo de entrega de exames de dias para horas. Os impactos de um projeto desse tipo variam de acordo com as necessidades de cada cliente e com as soluções utilizadas, mas o que não se pode negar é que eles trazem um impacto tremendo em termos de eficiência e produtividade, que podem transformar a rotina do laboratório.
Algo positivo é entender, mesmo num país enorme e heterogêneo como o Brasil, que os pacientes de qualquer localidade podem ser beneficiados com a integração. Laboratórios de pequeno, médio e grande porte têm a capacidade de torná-la uma realidade, pois vai além da alta tecnologia ou do espaço físico disponível. Sabemos que as complexidades, necessidades e desafios em cada região são únicos. Ainda que com diferentes níveis de automação, é possível conseguir extrair o máximo de integração e agregar valor à operação, de forma sustentável. Conseguimos fazer isso a partir de um olhar individualizado e com a criação de soluções customizadas. Acredito que a personalização, indo além dos portfólios, possibilita ampliar o acesso da população ao diagnóstico de qualidade e à saúde.
Já avançamos muito na área de medicina diagnóstica, principalmente com a adoção de tecnologias de ponta, mas ainda é possível fazer grandes mudanças e transformar o setor. A entrega de valor, por meio de soluções digitais, integradas e personalizadas, irá mudar o nosso futuro, com resultados mais rápidos e precisos para os médicos, melhor atendimento aos pacientes, além de contribuir para o sucesso da gestão dos laboratórios e ajudar na sustentabilidade do setor de saúde.
*Sandra Sampaio é diretora de Marketing e Estratégia da Roche Diagnóstica.