Simpósio Unimed 2018 debateu o futuro da saúde
Intensas reflexões e trocas de experiências marcaram os três dias do Simpósio Unimed 2018. Promovido pelas Federações de Minas Gerais e do Espírito Santo, o evento aconteceu em Vitória, entre os dias 15 e 17 de agosto. A sétima edição do encontro abordou o tema “Inovar, conectar, superar: o futuro da saúde” e reuniu 800 participantes.
Segundo o presidente executivo da Unimed Federação Minas, Luiz Otávio Fernandes de Andrade, para inovar é preciso, antes de tudo, ter ouvidos para escutar o chamado do mercado e, assim, evoluir ainda mais na gestão das cooperativas. Outro ponto em direção à construção do futuro da saúde, passa pela iniciativa de conectar, trabalhar em união e numa mesma direção.
“A conexão favorece e promove a intercooperação, construindo diálogos com lideranças de todas as regiões e com todos os atores do setor saúde. Entendo que essa é uma das missões da Unimed Federação Minas e, por isso, assumimos nosso papel como protagonistas no suporte às Singulares”, avaliou Andrade.
A nova diretoria, que tomou posse na Unimed Federação Minas em abril deste ano, adotou estratégias para colocar este propósito em prática, como a revisão da estrutura operacional, o realinhamento dos processos, o aumento de eficiência e o aperfeiçoamento e ampliação de serviços para as cooperativas.
“Temos proposto trazer a atenção primária para o centro do cuidado e tornar a eficiência e segurança âncoras da assistência hospitalar. Isso, sem abrir mão do intercâmbio (atendimentos realizados fora da área de abrangência da Unimed de origem) como o nosso maior diferencial”, ressaltou o presidente.
Luiz Otávio de Andrade lembrou, ainda, que é preciso superar a concorrência, os desafios do mercado, da conjuntura política e econômica. “Ao identificarmos nossas potencialidades e fragilidades podemos assumir o compromisso com as mudanças necessárias para nossa sustentabilidade. Assim, teremos uma organização cada vez mais evoluída e adaptada a estes tempos transformadores”, concluiu.
Palestras
As inovações no Sistema Unimed, as novas tecnologias, o uso da inteligência artificial no setor de saúde suplementar, e os avanços em telessaúde no Hospital Sírio Libanês foram alguns dos assuntos apresentados em forma de palestras e mesas-redondas. Para o presidente da Unimed do Brasil, Orestes Pullin, é preciso analisar o cenário para entendermos as tendências para o futuro e caminharmos juntos.
“Com o modelo assistencial que defendemos, a Atenção Integral à Saúde, buscamos a sustentabilidade para os sistemas de saúde. Temos que praticar uma medicina focada na qualidade de vida das pessoas e estar mais próximo dos beneficiários, com incorporação tecnológica bastante crítica e revisão dos modelos de remuneração. Ou seja, temos enormes desafios pela frente para os próximos anos”, disse Pullin.
O consultor de estratégia digital, Marcelo Smarrito, fez um comparativo das empresas mais valiosas do mundo com cooperativas do Sistema Unimed. “Organizações como Apple, Facebook, Google se tornaram tão importantes porque passaram pela transformação digital, sempre observando e entendendo o cliente, genuinamente. É para ele que as empresas dedicam todos os esforços, em perceber seus desejos e necessidades”.
Para Smarrito, carregar uma marca como a Unimed, com mais de 47 milhões de beneficiários, traz uma oportunidade única de pensar diferente. “As tecnologias digitais vão revolucionar o processo de saúde e prevenção, sendo assim, para ganhar relevância em seu setor, a empresa deve se preparar para um mundo que ainda não foi criado. A Unimed tem que encabeçar a health tech no Brasil”, decretou.
Governança
Cada vez mais, transparência e responsabilidade ganham lugar de destaque no comando das grandes organizações. Não se trata apenas de fixar regras de conduta, mas de readequar valores e princípios em todos os níveis hierárquicos. A busca por eficiência e competitividade passa ainda pelo desenvolvimento do capital humano e social. Essa foi a tônica da palestra do consultor em Governança Corporativa, Alexandre Di Miceli.
Di Miceli também ressaltou a importância dos líderes para a prática da boa governança. Segundo ele, as principais características de um bom líder são basicamente femininas: empatia, humanidade, cooperação, intuição e valorização dos relacionamentos. “O valor de uma gestão humanizada, com propósito e ética, é ainda mais importante no setor da saúde”, acrescentou.
O evento contou ainda com o Painel Experiências de Sucesso, onde foram compartilhados pelas cooperativas 19 cases exitosos de gestão assistencial e de gestão administrativa e financeira. A tradicional Feira de Negócios aconteceu paralelamente ao Simpósio. 22 grandes empresas aproveitaram o espaço para expor produtos e serviços a um público bastante privilegiado, constituído por médicos, dirigentes e administradores das Unimeds.