Simpósio virtual debate produção de hemoderivados no Brasil
Tema amplamente debatido em diversas esferas no Brasil este ano, especialmente após a PEC 10/2022, do Senador Nelsinho Trad (PSD/MS), que propõe alterar o artigo 199 da Constituição sobre condições e requisitos para a coleta e o processamento de plasma humano, a produção de hemoderivados será destaque do Simpósio Brasileiro sobre a Produção de Hemoderivados “Plasma: o que o Brasil Precisa?, organizado pela Associação Brasileira de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular (ABHH).
A programação acontecerá em formato virtual, pela plataforma Zoom, nos dias 11 e 12 de agosto e é coordenada por Dante Langhi e Dimas Tadeu Covas, especialistas e estudiosos do tema e também Diretores da Associação. Entre palestrantes e debatedores estão a Camila Pintarelli, procuradora da OAB-SP, órgão com o qual a ABHH recentemente participou de webinar sobre a temática, entre outros nomes.
Temas pertinentes ao entendimento e acordo de todos os atores envolvidos neste cenário estão previstos na programação, como necessidades e oferta, modelos e riscos sobre doação de plasma e imunoglobulinas: usos e mecanismos de ação. A programação está dividida em blocos, devido à complexidade do tema, sendo eles: Técnico/Clínico; Legal; Ético; Político.
“Com base em práticas globais, ao olhar para as necessidades e realidades atuais no Brasil, entendemos que a questão da segurança de doação de plasma por aférese é o que tem importância de fato em um cenário de produção de plasma”, comenta p hematologista e hemoterapeuta Dante Langhi Jr., atualmente Diretor da ABHH e duas vezes presidente da Associação. “Temos ciência de que estamos longe de conseguir chegar perto da necessidade de produção de hemoderivados apenas a partir do excedente ou da doação”, completa.
No contexto da produção de hemoderivados e autonomia nacional, o Diretor da ABHH comenta que a própria Organização Mundial de Saúde (OMS) preconiza que, idealmente, 5% da população doe sangue total regularmente para a manutenção de estoque considerado razoável. “O índice brasileiro, contudo, não ultrapassa 2,5%. Ainda assim, apesar da necessidade constante de encorajarmos as pessoas a doarem sangue, não vemos, na prática hemoterápica, mortes em razão da falta de sangue em estoque, apesar das altas e baixas sazonais observadas”, completa.
A ABHH vem acompanhando o assunto em detalhe. Confira um recente webinar disponível em seu canal oficial do Youtube e também o posicionamento oficial da Associação, em carta enviada ao Senador Nelsinho Trad.
Serviço
Simpósio Brasileiro sobre a Produção de Hemoderivados “Plasma: o que o Brasil Precisa?
Data: 11 e 12 de agosto
Onde: Plataforma Zoom
Inscrições aqui.
