O que a segurança do paciente ensina sobre eficiência e qualidade

Por Camilla Covello

Neste mês, o Ministério da Saúde divulgou o tema central para a campanha do Mês da Segurança do Paciente e traz um ponto fundamental para refletir sobre assistência: como ampliar o acesso ao cuidado de forma integrada, segura e eficiente.

Falar em segurança do paciente vai muito além de reduzir eventos adversos. É falar de gestão, de processos, e, principalmente, de cultura. Instituições de saúde que colocam a segurança no centro de suas estratégias compreendem que acesso e cuidado integrado exigem fluxos bem definidos, equipes capacitadas e uma governança clínica que funcione na prática – não apenas no papel.

A busca por eficiência e qualidade no cuidado está diretamente conectada à forma como organizamos os serviços, acolhemos os profissionais de saúde e estruturamos o percurso do paciente dentro da instituição. Quando não há integração entre áreas, os riscos aumentam. Quando a comunicação falha, o cuidado se fragmenta. Quando não há clareza nos protocolos, perde-se a confiança – do time e do paciente.

Para avançar nessa direção, algumas práticas são essenciais e podem fazer a diferença no dia a dia das instituições:

  • Mapeamento e padronização dos fluxos assistenciais: garantindo que cada etapa do cuidado esteja clara e bem definida para todas as equipes envolvidas.
  • Comunicação efetiva entre áreas: com ferramentas como briefing e debriefing, passagem de plantão estruturada e protocolos de comunicação segura.
  • Capacitação contínua dos profissionais de saúde: com treinamentos voltados à segurança, protocolos clínicos e atuação colaborativa.
  • Tecnologia a favor da integração: por meio de sistemas que conectam dados do paciente e promovem decisões mais seguras e ágeis.
  • Escuta ativa de pacientes e familiares: fortalecendo o cuidado centrado na pessoa e promovendo um ambiente mais acolhedor.
  • Monitoramento de processos com auditorias e análise de incidentes: estimulando a melhoria regularmente.
  • Governança clínica sólida: com lideranças comprometidas, comitês atuantes e indicadores acompanhados regularmente.

É nesse contexto que a Acreditação surge como uma importante aliada para o setor. Ao adotar metodologias reconhecidas internacionalmente, por exemplo, as instituições não apenas aprimoram seus processos internos, mas também fortalecem uma cultura organizacional voltada para a melhoria contínua, a transparência e a segurança.

Acreditar na segurança do paciente é acreditar em gestão de excelência. É entender que qualidade não se improvisa: se estrutura, se mede, se revisa. E que a melhoria dos resultados assistenciais depende do engajamento de toda a instituição – governança ao cuidado na ponta.

Neste mês, mais do que reforçar protocolos, é tempo de fortalecer o compromisso com a segurança como um valor inegociável. Que o tema “Mais Acesso e Cuidado Integrado” inspire instituições a olhar para seus fluxos, escutar suas equipes multidisciplinares e investir em soluções que transformam o cuidado – com qualidade, eficiência e, acima de tudo, a segurança.


*Camilla Covello é sócia e CGO da QGA – Quality Global Alliance.

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