A segurança em cirurgias hospitalares em tempos de Covid

Por Victor Abuharun

A declaração de pandemia feita pela OMS (Organização Mundial da Saúde) no dia 11 de março de 2020 causou diversas mudanças no mundo. Seja em caráter pessoal ou profissional, inúmeros parâmetros precisaram ser revistos e resinificados em busca de melhorias. Dentre essas inúmeras mudanças causadas e incertezas sentidas em caráter global, os hospitais se tornaram o centro das discussões em relação à Covid-19. Isso porque a doença avançou pelo mundo e começou a levar diversos leitos hospitalares — especialmente os de UTI — ao colapso. Vagas eram cada vez mais ocupadas por doentes com o vírus Sars-CoV-2 e, diante disso, cirurgias caracterizadas como eletivas deixaram de ser feitas.

De acordo com dados do DataSUS (departamento de informática do Sistema Único de Saúde), os hospitais brasileiros reduziram as cirurgias eletivas — procedimentos que não são caracterizados por médicos como urgentes — em 34,7% em 2020, em comparação com o ano de 2019. Segundo o departamento, foram realizados 2.668.522 procedimentos cirúrgicos em 2019, ante 1.740.736 no ano passado. A queda no número total de cirurgias só não foi maior porque a ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) autorizou a retomada cirúrgica eletiva em junho de 2020.

O que não mudou perante a tudo isso foi o cuidado dos profissionais de saúde nos centros cirúrgicos e demais alas hospitalares. Em espaços com controle de segurança já muito rígido por praxe, a atenção de médicos e enfermeiros foi redobrada diante da Covid-19. A doença, de contágio rápido e ausência de manifestação por meio de sintomas gripais em muitos casos, faz com que qualquer descuido do corpo médico no centro cirúrgico coloque em risco a saúde do paciente e dos profissionais envolvidos no procedimento.

Para maior prevenção, muitos hospitais começaram a submeter funcionários e visitantes a uma medição de temperatura e análise de sintomas respiratórios, característicos da Covid-19. Além disso, a adoção do uso de máscara se tornou obrigatória. Unidades hospitalares também separaram espaços para pacientes e acompanhantes sem Covid e fortaleceram os EPIs (Equipamentos de Proteção Individual) de médicos e enfermeiros.

Dentro do bloco cirúrgico, luvas e aventais impermeáveis, por exemplo, começaram a ser trocados a cada translado entre o espaço e as alas de internação. Por recomendação da Nota Técnica 6/2020 estabelecida pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), também “é recomendável a adoção de um checklist de conferência de itens essenciais que deverão permanecer dentro da sala operatória (equipamentos e insumos), a ser conferido junto com a equipe médica antes de chamarem o paciente para o centro cirúrgico”. A Nota Técnica também acrescenta que apenas equipamentos e medicamentos necessários devem ser levados à sala de cirurgia. Além disso, “monitores anestésicos e superfícies de equipamentos de ultrassom podem ser cobertos com filme plástico para diminuir o risco de contaminação”, complementa a nota.

Como é possível concluir, os cuidados adotados pelos hospitais nos centros cirúrgicos foram preservados e melhorados, tendo como objetivo primordial a saúde e bem-estar dos pacientes e demais envolvidos no procedimento médico e nas instalações hospitalares.


*Victor Abuharun é diretor executivo da Cove Dental Clinic.

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