#SetembroAmarelo: combate ao suicídio requer postura proativa

Por Isadora Bettarello

Setembro é o mês da prevenção ao suicídio. Durante trinta dias, a sociedade se une para debater saúde mental e para relembrar como é importante saber reconhecer sinais de comportamento depressivo ou suicida em amigos e familiares.

O “setembro amarelo” é adotado no Brasil desde 2015, mas nos últimos dois anos a data adquiriu centralidade ainda maior. Como sabemos, a pandemia afetou gravemente o bem-estar psicológico de toda a população – especialmente entre os mais jovens, a julgar pelos resultados de pesquisas recentes. O isolamento social, o medo de adoecer ou de perder entes queridos, as mudanças na rotina, as novas demandas do home office, a diminuição na renda: todos esses fenômenos contribuem para a formação ou agravamento de quadros de depressão, ansiedade e, no limite, podem levar a ideias ou comportamentos suicidas.

O apoio externo é fundamental. Médicos e psicólogos apontam que a aproximação dos amigos e parentes, em sinal de preocupação e afeto, é o primeiro passo para romper esse ciclo. Ao mesmo tempo, é importante respeitar limites: se fazer presente, apoiar, ouvir, perguntar e se mostrar interessado são boas práticas, mas com cuidado para não ser invasivo.

Há maneiras também de prevenir a situação, como a prática de atividades físicas, a regulação do sono e a alimentação saudável. A saúde física impacta, afinal, nosso bem-estar psicológico. E nada pode substituir a ajuda especializada. Ainda temos certa dificuldade em encarar o atendimento psicológico como parte dos cuidados básicos com saúde – embora, felizmente, essa concepção esteja mudando.

A medicina digital tem contribuído para essa transformação, facilitando o acesso a serviços de saúde mental e oferecendo ferramentas que permitem integrar melhor o paciente à sua rede de apoio. Se o engajamento de amigos e parentes é tão fundamental para reverter um quadro suicida, a medicina digital permite conhecer melhor as condições familiares e sociais de cada indivíduo, personalizando o tratamento, e também torna o acompanhamento psicológico mais rotineiro e consistente.

O suicídio é uma tragédia que pode se abater sobre qualquer um, independentemente de idade, gênero, cor ou condição financeira. Seus indícios podem ser invisíveis, até para quem convive mais intimamente com a vítima.

Não por acaso, o mote do setembro amarelo 2021 é “criando esperança por meio da ação”. Trata-se de um chamado, um lembrete de que o enfrentamento do suicídio requer uma postura proativa. É preciso mostrar interesse pelo bem-estar do outro, investigar sinais de comportamento depressivo, oferecer ajuda, sugerir tratamento. É preciso agir.

Especialmente em meio à crise sanitária, temos que redobrar nossa atenção com a saúde mental de amigos, colegas de trabalho e entes queridos. Acima de tudo, precisamos aprender que saúde mental não é luxo, é prioridade.


*Isadora Bettarello, coordenadora de psicologia da Vibe Saúde.

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