Saúde Sustentável: a Telemedicina como Ferramenta Estratégica
A sustentabilidade é uma pauta cada vez mais presente em setores críticos da economia, e a saúde não está imune a essa necessidade de transformação. Com uma crescente pressão para reduzir a pegada de carbono, gestores de saúde e hospitais têm buscado soluções que promovam eficiência sem comprometer a qualidade do atendimento. A relação entre saúde e sustentabilidade não se limita apenas à redução de resíduos hospitalares ou ao consumo consciente de recursos. Envolve também a implementação de tecnologias que, além de otimizarem processos, contribuam para minimizar impactos ambientais.
O setor de saúde é responsável por aproximadamente 5% das emissões globais de gases de efeito estufa, de acordo com dados da Health Care Without Harm. Parte desse impacto vem do transporte de pacientes e profissionais, o que aponta para a necessidade de repensar a forma como os serviços de saúde são prestados. Nesse contexto, a telemedicina surge como uma ferramenta estratégica para as instituições que visam não apenas a otimização de custos, mas também a contribuição para um futuro mais sustentável.
Telemedicina: Menos Deslocamento, Mais Eficiência
A telemedicina vem se consolidando como uma solução que atende à crescente demanda por sustentabilidade no setor de saúde. Ao reduzir deslocamentos desnecessários e promover consultas a distância, essa tecnologia contribui diretamente para a redução da pegada de carbono do setor. Imagine hospitais que, ao reduzir o número de visitas presenciais, conseguem diminuir a necessidade de infraestrutura de atendimento ambulatorial, além de gerar uma economia significativa em termos de energia e recursos.
Estudos recentes indicam que, em 2023, o uso da telemedicina no Brasil já evitou milhões de quilômetros em deslocamentos, resultando em uma expressiva redução de emissões de CO₂. Embora ainda haja desafios para sua implementação em grande escala, a realidade é que, com o avanço da digitalização da saúde, a telemedicina tem se mostrado uma solução viável tanto para hospitais quanto para clínicas e operadoras de saúde.
Inovação e Sustentabilidade Caminhando Juntas
Relatório da Doc24, empresa em telemedicina, explora como a telemedicina pode ser uma ferramenta fundamental para a redução da pegada de carbono no setor de saúde.
O “Relatório da Pegada de Carbono 2024” apresenta dados importantes que revelam o impacto ambiental do setor de saúde e como as soluções tecnológicas estão contribuindo para diminuir esse impacto. Entre as informações destacadas no documento, podemos mencionar uma projeção que mostra como um hospital médio no Brasil poderia reduzir o total de emissões de dióxido de carbono, na atmosfera, equivalentes a 185,8 toneladas, considerando apenas o uso de transporte e o uso de papel para receitas.
Ainda de acordo com o estudo, cada consulta remota realizada evita a mesma quantidade de CO² absorvida por uma árvore jovem em um ano, isso se traduz diretamente em uma menor emissão de gases de efeito estufa e em um sistema de saúde mais eficiente e sustentável. Esses dados ressaltam o potencial de inovação dentro do setor, que pode equilibrar resultados financeiros com impactos ambientais positivos.
A pegada climática do setor de saúde equivale a 2 gigatoneladas de dióxido de carbono na atmosfera, as emissões de gases de efeito estufa provêm do consumo de energia, transporte, fabricação, uso e descarte de produtos e insumos necessários para a atividade.
Atualmente estamos usando 1,6 planetas para sustentar nosso estilo de vida. Isso significa que a demanda por recursos naturais e a produção de resíduos pela humanidade é 60% maior do que a Terra pode regenerar e absorver em um ano.
No Brasil, a significativa quantidade de quilômetros percorridos de automóvel e seu elevado fator de emissão, faz com que a maior pegada de carbono corresponda a essa modalidade de transporte para deslocamentos até o centro de saúde. Segundo o estudo, o total de emissões de dióxido de carbono equivalente evitadas na atmosfera é de 185,8 toneladas, considerando o transporte até o centro de saúde e o uso de papel para receitas. Estes deslocamentos, quando evitados, equivalem a 81,34 hectares de florestas em 1 ano e correspondente ao carbono armazenado por 2.787 mudas de árvores urbanas em 10 anos.
Segundo a OMS, 7 milhões de pessoas morrem em decorrência da poluição ambiental. Mais de 90% das mortes relacionadas com a má qualidade do ar ocorrem em países de renda baixa e média no Mediterrâneo Oriental, na Europa e nas Américas.
Acesse o relatório na íntegra, clicando aqui.