Como a ‘saúde phygital’ agrega valor ao cuidado e aos negócios
O atendimento digital não é mais uma novidade na área da saúde desde que a inovação fincou suas raízes no setor. Adotamos a telemedicina, os prontuários eletrônicos, os aplicativos e dispositivos portáteis, imergimos na cultura de dados e incorporamos uma infinidade de ferramentas tecnológicas. Agora a discussão sobre inovação está em outro patamar: como enredar todo esse aparato do ambiente físico e do digital – tornando-se phygital – para agregar valor ao cuidado e aos negócios?
Tudo começa pelo investimento na tecnologia que faz sentido para o negócio. Afinal, o objetivo é aprimorar o atendimento ao cliente, seja pela democratização do acesso aos serviços, pelo aumento da capilaridade, pela comodidade ou economia de tempo, que culminam na satisfação pelo atendimento prestado.
O serviço de atenção primária à saúde é um exemplo que já está inserido nessa tendência. As clínicas presenciais atendem às necessidades de saúde das pessoas em horários específicos, mas o suporte digital pode ser acessado durante 24h, todos os dias da semana. Recentemente, esse serviço foi parar até no metaverso, permitindo que o paciente realize consultas e compartilhe exames utilizando o próprio avatar em um ambiente digital que simula o consultório médico.
É importante ressaltar que a humanização do atendimento é essencial, mesmo quando realizado a distância. As soluções digitais devem estar acompanhadas de um atendimento humanizado e do cuidado coordenado para proporcionar uma experiência satisfatória ao paciente.
Para que essa integração phygital seja efetiva, é necessário que a transformação digital faça parte da cultura da empresa. É preciso criar meios de acesso que facilitem a integração e ofereçam comodidade e segurança aos usuários. Os atendimentos presencial e digital devem ser universalizados para atender às necessidades dos pacientes e garantir que o serviço de saúde esteja sempre disponível para a promoção da saúde e prevenção de doenças.
Além do investimento em tecnologia, a coleta e análise de dados também são essenciais para aprimorar a experiência phygital do paciente e da empresa. Por meio dos dados, é possível obter insights valiosos sobre o perfil e as necessidades do paciente, o que pode levar a um atendimento mais personalizado e efetivo para a condição de saúde de cada pessoa envolvida no projeto.
Tudo isso reflete em mais saúde, agilidade e comodidade com um custo mais adequado. Além de demonstrar atenção às necessidades das pessoas e promover um melhor engajamento. Enfim, a tendência Phygital é a resposta para uma saúde melhor.
*André Machado Junior é CEO da AsQ.