Quase metade das empresas não investiu na saúde mental dos funcionários

A Vittude , empresa de psicologia online e saúde emocional corporativa, acaba de concluir um estudo inédito, realizado em parceria com a Opinion Box, empresa de pesquisa de mercado Chamada de “Saúde Mental em Foco”, a pesquisa apresenta um panorama sobre a saúde mental dos trabalhadores brasileiros durante o período de pandemia de Covid-19. O estudo ouviu 2.007 trabalhadores de todas as regiões do Brasil, a partir dos 16 anos de idade.

Os dados mostram que o impacto desta crise de saúde pública não foi grave apenas na economia. Para 41% dos entrevistados, a principal sensação nos últimos meses é o “medo intenso de que alguém próximo ficasse doente ou morresse”. 33% apresentaram insônia e a mesma quantidade de pessoas sofreu crises de ansiedade após o início da pandemia.

Uma pesquisa da consultoria Willis Towers Watson, dos Estados Unidos, constatou que 3 em cada 10 trabalhadores no mundo todo sofrem com depressão, burnout e ansiedade em níveis severos. A realidade no Brasil não parece estar longe da média mundial.

Com a drástica mudança de rotina dos brasileiros, a saúde mental passou a se mostrar um ponto de atenção para os trabalhadores. Quase metade dos entrevistados afirma que deixou de fazer aquilo que lhes dava prazer, como atividades físicas ou de lazer. Para 33%, houve sobrecarregamento com o acúmulo de funções e 24% tiveram dificuldade de manter a rotina da casa funcionando.

Aproveitando o tempo e afastando informações negativas

Embora o momento seja desafiador, há quem tenha aproveitado o período a mais em casa, por conta da quarentena e isolamento social, para fazer bom uso do tempo extra. Um quarto dos entrevistados conta que passaram a se alimentar melhor desde o início do ano, e 23% sentiram que tinham mais tempo para cuidar de si. Outros 22% aproveitaram melhor o tempo com os filhos ou filhas e 18% se dedicaram a aprender uma nova atividade ou hobby.

Dentre as novas práticas adotadas para cuidar da saúde mental, uma chama atenção: 35% dos trabalhadores entrevistados dizem que se afastaram de notícias ou quaisquer informações que pudessem lhes fazer mal. Ainda, 42% dos entrevistados acreditam que as redes sociais contribuem diretamente para quadros de ansiedade.

A importância de cuidar da saúde mental também virou assunto nos últimos meses. Para os entrevistados, o tema passou a ter a relevância que lhe é devida após o início da pandemia. 62% das pessoas passaram a entender mais a importância de cuidar da saúde mental durante este período. Para 57% dos entrevistados, a sensação é de que serão pessoas melhores do que eram antes deste acontecimento histórico.

Trabalho e produtividade

Participaram do estudo profissionais de diversos segmentos, desde funcionários de multinacionais até pequenos negócios e serviços públicos, do comércio e até profissionais da área da saúde que trabalham na linha de frente do combate à pandemia.

Dos participantes, 32% ainda estão de home office em tempo integral, e apenas 12% estiveram em home office e já voltou para o modelo de trabalho presencial. O perfil de cada profissional também se mostrou bastante acentuado nos últimos meses, com as mudanças provocadas pela pandemia. Para 29% dos entrevistados a produtividade piorou, 26% se sentem mais produtivos atualmente.

Quanto à concentração e criatividade, as respostas também são diversas: 32% sentem que a concentração e o foco pioraram e 22% sentem que perderam a criatividade. Por outro lado, 25% viram o foco e a concentração melhorarem e 29% se sentiram mais criativos. “aspas sobre a importância de evitar uma carga mental alta quando se está trabalhando por mais tempo”.

Preocupação das empresas

Agora, mais do que nunca, é papel das empresas oferecer aos funcionários um ambiente seguro, colocando a saúde mental dos funcionários como prioridade. Entre os profissionais entrevistados, 47% acreditam que suas empresas estão preocupadas ou muito preocupadas com a saúde mental dos trabalhadores. A realidade é diferente para 25%, que sentem que suas empresas não estão preocupadas com o tema.

Sobre o comprometimento das companhias com a saúde de seus colaboradores, há várias iniciativas que foram adotadas nos últimos meses. Entre os principais procedimentos estão informativos trazendo cuidados com a saúde mental (23% das empresas), equipe psicológica ou de saúde (18% das empresas) e encontros presenciais ou virtuais sobre o assunto (17%). Apenas 11% das empresas oferecem terapia pelo plano de saúde. O dado preocupante, entretanto, é que quase metade ( 47%) das empresas não adotaram nenhum procedimento sobre saúde mental para seus funcionários.

Tratar de saúde mental ainda é um tabu, especialmente se levamos o assunto para o ambiente corporativo. E a prova disso são os dados da pesquisa: 50% dos entrevistados se sentem à vontade para conversar com um psiquiatra, ou psicólogo. Mas, se este mesmo profissional for indicado pela empresa, a porcentagem cai para 36%.

A porcentagem de funcionários que se sente à vontade para conversar com seus líderes é ainda menor: 33% se sentem confortáveis para conversar com seu líder direto, e apenas 28% quando a conversa é com o RH da empresa. “aspas sobre os benefícios para a empresa em quebrar o tabu da saúde mental”.

Damos valor à sua privacidade

Nós e os nossos parceiros armazenamos ou acedemos a informações dos dispositivos, tais como cookies, e processamos dados pessoais, tais como identificadores exclusivos e informações padrão enviadas pelos dispositivos, para as finalidades descritas abaixo. Poderá clicar para consentir o processamento por nossa parte e pela parte dos nossos parceiros para tais finalidades. Em alternativa, poderá clicar para recusar o consentimento, ou aceder a informações mais pormenorizadas e alterar as suas preferências antes de dar consentimento. As suas preferências serão aplicadas apenas a este website.

Cookies estritamente necessários

Estes cookies são necessários para que o website funcione e não podem ser desligados nos nossos sistemas. Normalmente, eles só são configurados em resposta a ações levadas a cabo por si e que correspondem a uma solicitação de serviços, tais como definir as suas preferências de privacidade, iniciar sessão ou preencher formulários. Pode configurar o seu navegador para bloquear ou alertá-lo(a) sobre esses cookies, mas algumas partes do website não funcionarão. Estes cookies não armazenam qualquer informação pessoal identificável.

Cookies de desempenho

Estes cookies permitem-nos contar visitas e fontes de tráfego, para que possamos medir e melhorar o desempenho do nosso website. Eles ajudam-nos a saber quais são as páginas mais e menos populares e a ver como os visitantes se movimentam pelo website. Todas as informações recolhidas por estes cookies são agregadas e, por conseguinte, anónimas. Se não permitir estes cookies, não saberemos quando visitou o nosso site.

Cookies de funcionalidade

Estes cookies permitem que o site forneça uma funcionalidade e personalização melhoradas. Podem ser estabelecidos por nós ou por fornecedores externos cujos serviços adicionámos às nossas páginas. Se não permitir estes cookies algumas destas funcionalidades, ou mesmo todas, podem não atuar corretamente.

Cookies de publicidade

Estes cookies podem ser estabelecidos através do nosso site pelos nossos parceiros de publicidade. Podem ser usados por essas empresas para construir um perfil sobre os seus interesses e mostrar-lhe anúncios relevantes em outros websites. Eles não armazenam diretamente informações pessoais, mas são baseados na identificação exclusiva do seu navegador e dispositivo de internet. Se não permitir estes cookies, terá menos publicidade direcionada.

Visite as nossas páginas de Políticas de privacidade e Termos e condições.

Importante: A Medicina S/A usa cookies para personalizar conteúdo e anúncios, para melhorar sua experiência em nosso site. Ao continuar, você aceitará o uso. Veja nossa Política de Privacidade.