Saúde mental assume papel importante no mundo corporativo
Durante um bom tempo, a pandemia colocou a saúde em evidência no mundo todo. Passado o período de turbulência, em um cenário pós-pandêmico, a Covid sai dos holofotes principais no cenário corporativo e o que se destaca é o cuidado com saúde mental dos profissionais.
Antenados aos efeitos nocivos do isolamento sobre o bem-estar psicológico das pessoas durante a pandemia o GPTW, consultoria global que apoia organizações a obter melhores resultados por meio de uma cultura de confiança, alto desempenho e inovação, analisou em profundidade o tema que está na agenda das empresas, dos líderes e de milhares de brasileiros. Desde então, a preocupação com a saúde mental se faz presente nos relatórios e orientações da consultoria.
Para endereçar as questões de saúde dentro dos ambientes de trabalho, nasceu no ecossistema Great Place to Work, a Jungle. Uma startup com a missão de cuidar da saúde emocional das empresas e suas equipes, por meio da implementação de mudanças sobre a forma de exercer estes cuidados. Dando ferramentas aos gestores, departamentos de RH e todo o mundo corporativo para cuidarem de seus trabalhadores.
“A criação da Jungle, acompanha a mudança de comportamento das empresas, que hoje, colocam a saúde de seus profissionais para além de um programa de benefícios e a incluem em suas estratégias. As organizações estavam ávidas por programas robustos que as direcionassem no cuidado de suas equipes”, conta Pedro Shiozawa, co-fundador da Jungle.
A 4ª edição do Relatório de Tendências de Gestão de Pessoas em 2022, elaborado pelo Great Place To Work, aponta que os desafios decorrentes destes dois anos de convivência com a Covid-19 ainda não chegaram ao fim. A pesquisa realizada com mais de 2600 respondentes, dentre os quais líderes e gestores de RH de todo o Brasil mostra que a pandemia deixou alguns legados importantes, entre eles o foco na saúde mental dos profissionais.
Entre os destaques no relatório publicado este ano, a saúde mental aparece como um dos temas que merecem mais atenção. O desenvolvimento/capacitação de lideranças com preparo técnico e emocional foi apontado por 42,6% das respostas como o principal foco para garantir a construção de ambientes de trabalho emocionalmente saudáveis e para o alcance de resultados estratégicos.
“Seguindo um modelo B2B, fazemos jornadas de forma customizada, de acordo com as necessidades individuais das empresas. Mas um comportamento que se destaca, entre a maior parte delas, é a vontade de iniciar o trabalho pela capacitação de lideranças e somente depois, estender o programa para todos os colaboradores. O foco é a gestão”, explica Shiozawa.
Em 2021, o tema também se destacou na terceira edição do relatório, na época, 71% dos entrevistados acreditavam que as lideranças eram fundamentais no rastreio e promoção de saúde mental de suas equipes, por creditar ao ambiente de trabalho parte da responsabilidade pelo adoecimento das pessoas.
“A saúde mental dos trabalhadores ganhou mais atenção das empresas durante a pandemia, foi um legado que veio para ficar. As empresas consideram hoje um tema estratégico cuidar da saúde das pessoas. Sabemos que a mistura da vida profissional e pessoal, proporcionada pelo trabalho remoto é um desafio. Ela traz benefícios, desde que você entenda seus limites e consiga obter o melhor proveito desta junção de papéis. Mas quando você não consegue estabelecer estes limites e não trabalha em uma empresa com relações de confiança e aberta ao diálogo, você pode se sufocar nesse mundo que vira um eterno trabalho”, explicou Daniela Diniz, diretora de conteúdo e relações institucionais do Great Place to Work.
Ao todo, 97,2% das pessoas que responderam ao relatório de 2022, publicado recentemente, consideram a saúde mental um ponto relevante para a Gestão de Pessoas nas empresas. “As empresas mais preocupadas com a saúde emocional de seus times são as que já apresentam um modelo de gestão com melhores práticas de trabalho. São companhias que colocam as pessoas como o centro de suas preocupações. Quando existe este alinhamento, a gente percebe uma mudança no mindset das empresas, com investimentos cada vez mais genuínos em prol de seus funcionários. Percebemos que as melhores empresas são as mais preocupadas com foco no coletivo e com pessoas mais generosas, pois estas práticas, sem dúvidas, apresentam excelentes resultados”, destacou Pedro Shiozawa.
“A questão virou um tema relevante para as empresas. É muito positivo que a saúde mental faça parte da pauta corporativa e das discussões de liderança. Ela se transforma agora em uma importante prática de gestão de pessoas e com isso, crescem os cuidados com os profissionais, aumentam os benefícios ligados à saúde mental e tudo o que gira em torno da qualidade de vida destes trabalhadores”, concluiu Daniela Diniz.
Mais informações sobre a pesquisa podem ser acessadas aqui.