Pesquisa revela como o homem lida com a saúde

Um levantamento realizado em conjunto pelo Instituto Lado a Lado pela Vida e a área de Inteligência do Grupo Abril mostrou que os homens brasileiros constantemente são acometidos por sentimentos negativos, como ansiedade, preocupação excessiva com família e finanças, tristeza e depressão. E mostrou também que embora eles demonstrem conhecimento sobre hábitos saudáveis, há uma nítida dificuldade em fazer sua transposição para a vida cotidiana.

O estudo completo ouviu 2.405 homens de todos os estados do País, divulgado nesta quarta-feira (14/08), no Fórum Saúde do Homem, realizado no Complexo Aché Cultural. Além das questões emocionais, o material traz ainda um cenário sobre cuidados cardiovasculares e com a próstata que já se imaginava: 37% dos entrevistados com até 39 anos e 20% daqueles com 40 ou mais só procuram um médico quando se sentem mal — esses índices sobem, respectivamente, para 47% e 28% quando olhamos para quem depende do SUS, sendo mais críticos nas regiões Norte e Nordeste.

A questão financeira e a falta de disponibilidade nos postos de saúde são os principais obstáculos apontados, seguidos de perto pela impressão de que, ao se sentir bem, não há necessidade de ir ao médico. “Essa ilusão preocupa ainda mais se levarmos em conta que 23% dos respondentes dizem substituir uma consulta por uma pesquisa na internet com certa frequência”, afirma Marlene Oliveira, presidente e fundadora do Instituto Lado a Lado pela Vida.

Um dado positivo foi confirmar que a Campanha Novembro Azul, idealizada pelo LAL, em 2011, é conhecida por 94% dos entrevistados. Desde o início, o objetivo da campanha Novembro Azul é o de informar os homens sobre a importância da prevenção e diagnóstico precoce do câncer de próstata e o resultado do estudo mostrou que houve uma mudança de comportamento e alguns homens passaram a tomar as rédeas de sua saúde.

  •  95% dos participantes relatam ter experimentado recentemente sentimentos negativos;
  •  63% dos entrevistados afirmam conviver com ansiedade nos últimos meses;
  •  Depressão é acusada por 23% da amostra;
  •  Apenas 35% se exercitam pelo menos três vezes por semana;
  •   Quase 80% relatam se exceder em açúcar, gordura, sal ou industrializados;
  •  23% dizem substituir uma consulta por pesquisa na internet com frequência.

Há também uma nítida dificuldade em fazer a transposição do conhecimento sobre os hábitos saudáveis para a rotina. Isso é significativo em relação à atividade física (apenas 35% se exercitam pelo menos três vezes por semana), alimentação balanceada (quase 80% relatam se exceder em açúcar, gordura, sal ou industrializados), gerenciamento do estresse e controle do peso. Metade da amostra se considera acima ou muito acima do peso e parcela expressiva não visualiza a obesidade como um problema sério tampouco considera a perda ou manutenção do peso fator essencial para a saúde. “Conscientização e criação de um ambiente propício a um estilo de vida equilibrado são cruciais para reverter achados como esses”, opina a presidente do LAL.

Uma outra constatação importante feita pela pesquisa é que foram identificadas lacunas de conhecimento e comportamento alarmantes. Mais da metade dos respondentes não se sente plenamente bem do ponto de vista cardiovascular e assumem ser portadores de hipertensão, colesterol alto e excesso de peso. Assusta ainda que 43% dos homens não costumam fazer exames cardiológicos e somente 32% dos usuários da rede pública com 40 anos ou mais realizam esses exames pelo menos uma vez ao ano. Embora os entrevistados reconheçam os fatores de risco e sintomas de eventos cardiovaculares, só 39% expressam que iriam imediatemente ao médico na presença de dor no peito, por exemplo.

Para Dra. Carmita Abdo, psiquiatra e membro do comitê científico Lado a Lado pela Vida, ao contrário das mulheres que tem a essência do cuidar dentro delas, os homens não internalizam esse hábito na sua rotina de vida. “Mais raramente, eles procuram os médicos para a prevenção das doenças, o que faz com que seus problemas de saúde só sejam diagnosticados quando já estão em estágio avançado. Uma mudança cultural é necessária”, analisa a médica.

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