Prevenção e Cuidado Integrado: a chave para uma saúde eficiente

Por Raphael Kaeriyama

O Brasil enfrenta grandes desafios para garantir um sistema de saúde eficiente e acessível, especialmente para um segmento populacional que demanda cuidados especializados: os brasileiros acima de 50 anos, um grupo em rápido crescimento. É nessa fase da vida que, com maior frequência, surgem os primeiros sinais de condições crônicas que se desenvolveram ao longo dos anos. Essas condições exigem uma abordagem de saúde mais abrangente e preventiva, que vá além do tratamento imediato medicamentoso e priorize o cuidado a longo prazo, evitando que elas evoluam para complicações graves.

No entanto, para que um sistema de saúde seja verdadeiramente eficiente, é preciso repensar o foco de atenção e integrar diferentes especialidades e abordagens no cuidado ao paciente.

A eficiência no sistema de saúde está diretamente ligada a uma atuação preventiva e personalizada. Investir em saúde preventiva significa não apenas prevenir doenças, mas também preparar o sistema para responder de maneira mais eficaz às necessidades futuras da população. Estratégias preventivas, como o incentivo à prática de atividades físicas, o acesso a uma nutrição equilibrada e a promoção do bem-estar mental, são pilares fundamentais para um sistema que preza pela longevidade e qualidade de vida de seus usuários.

Além disso, o envelhecimento populacional demanda um olhar atento para a medicina de estilo de vida. O impacto de doenças como hipertensão, diabetes e outras condições crônicas pode ser mitigado com o acompanhamento adequado de médicos generalistas e também especialistas como o geriatra e o endócrino. Esses profissionais não apenas oferecem tratamentos, mas guiam os pacientes em mudanças de comportamento que podem reduzir significativamente a progressão dessas doenças.

Outro aspecto crucial para a eficiência do sistema de saúde é o apoio a atividades cognitivas e sociais. Estudos demonstram que a participação em atividades que estimulam o cérebro e o envolvimento em redes sociais saudáveis ajudam a retardar o avanço de doenças neurodegenerativas e a melhorar o bem-estar geral. Nesse sentido, a abordagem holística, que considera corpo, mente e relações sociais, tem se mostrado fundamental para a promoção de uma saúde plena e integrada.

É inegável que os desafios são muitos, desde a escassez de recursos financeiros e humanos até a complexidade de um sistema público de saúde que precisa dar conta das mais diversas demandas. Ainda assim, iniciativas focadas em medicina preventiva, em especialidades que promovam a longevidade com qualidade, e em cuidados integrados demonstram que a transformação é possível. Fazer essa mudança exige comprometimento, tanto do setor público quanto do privado, para que o Brasil possa, enfim, contar com um sistema de saúde verdadeiramente eficiente e humanizado.


*Raphael Kaeriyama é médico especializado em Medicina Preventiva e Social pela USP.

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