Comitê de Saúde Digital da ONA analisará aplicabilidade da telemedicina
A Organização Nacional de Acreditação (ONA) oficializou o Comitê de Saúde Digital, que tem como objetivo analisar a trajetória do paciente e identificar pontos críticos para a aplicabilidade da telemedicina, identificar pontos importantes da gestão e liderança e levantar pontos críticos sobre os processos de apoio, que têm impacto para que a tecnologia possa ser aplicada dentro das organizações de saúde, respeitando questões éticas e cuidados relativos ao tema.
O comitê é composto por: Fábio Gastal, vice-Presidente da ONA; Fernando Moisés José Pedro, conselheiro da ONA; Péricles Góes da Cruz, superintendente técnico da ONA; Gilvane Lolato, Gerente da ONA, Salvador Gullo Neto, médico e CEO do App Dr. Rafael e especialista em inovação; Luciano Eifler, médico e CEO ConceptMed; Gileno Ferraz Júnior, CEO & Co-Founder at Wymbe Brasil; Chao Lung Wen, médico, professor associado da Faculdade de Medicina da USP e chefe da disciplina de Telemedicina; líder do Grupo de Pesquisa USP em Telemedicina e eHealth no CNPq/MCTIC; orientador em nível de mestrado e doutorado pela Faculdade de Medicina da USP.
O Comitê de Saúde Digital foi implantado para atender à necessidade que surgiu com a Lei nº 13.989 de 15 de abril de 2020, que autoriza o uso da telemedicina enquanto durar a crise ocasionada pelo coronavírus. A prestação deste tipo de serviço é também reconhecida pela Organização Mundial da Saúde, principalmente nos casos em que a distância é um fator crítico para a oferta de serviços ligados à saúde.
O grupo irá discutir como telediagnóstico, teleinterconsulta, telemergência, teleacompanhamento de crônico, teleacompanhamento pós-internação e teleoncologia, sempre sob o olhar da avaliação da assistência. “Vamos manter em nosso escopo também a Saúde Conectada, a chamada Saúde 5.0, que envolve gestão da saúde em casa, aplicada por equipe multidisciplinar”, explica Péricles Cruz.
Gilvane Lolato esclarece que para a ONA é um avanço muito importante estabelecer padrões para a prática da telemedicina, pois as organizações de saúde atualmente acreditadas pela entidade podem passar a incorporar a telemedicina no seu dia a dia, e a acreditação é uma forma de garantir a segurança durante a aplicabilidade deste processo.
Para Fernando Pedro, a criação do Comitê de Saúde Digital é um importante passo para a ONA. “O atendimento virtual já faz parte da rotina de vários serviços de saúde. Como protagonista na busca da qualidade de serviços de saúde, é imperativo que a ONA busque formas de construir uma ponte resistente e permanente, que inclua estruturas e processos organizacionais, financeiros e clínicos.”
A opinião é compartilhada por Fabio Gastal, vice-presidente da ONA. Ele acrescenta ainda que o propósito do Comitê é de discutir sobre as diretrizes e boas práticas para telemedicina, no âmbito da saúde conectada envolvendo o ato dos profissionais de saúde, bem como identificar pontos importantes da gestão, liderança e apoio que impactam na telemedicina.”
“A ONA mais uma vez, de forma pioneira e visionária, se antecipa ao mercado. Desta forma mantem o seu protagonismo para contribuir com as melhores práticas para o mercado de saúde e portanto, segurança do paciente”, destaca Gileno Ferraz Júnior.
Na concepção de Salvador Gullo Neto, a evolução tecnológica tem conduzido a um modo de vida diferente do que todos estavam acostumados. Ele afirma que novos hábitos de vida e novos comportamentos geram novas necessidades. “A jornada de transformação digital da saúde é um processo contínuo e sem fim, e nós médicos precisamos estar atentos às mudanças que acontecem cada vez mais rapidamente para podermos nos adaptar mais facilmente”.