MG: Internato de Saúde Coletiva promove avanço da Atenção Primária
Com o intuito de ampliar o acesso das comunidades do interior de Minas Gerais ao sistema público de saúde, a Faculdade Ciências Médicas – MG, realiza em parceria com secretarias municipais de saúde, atendimento gratuito às populações de cidades e municípios vizinhos, por meio do Internato de Saúde Coletiva, antes chamado de “Internato Rural”.
A iniciativa contribui para a transformação da Atenção Primária à Saúde em diversas cidades do interior de Minas Gerais, por meio da atuação responsável e capacitada dos estudantes e professores. Atualmente, o programa contempla 31 municípios em Minas Gerais, beneficiando comunidades localizadas em regiões até 200 km de Belo Horizonte.
O Internato de Saúde Coletiva é uma disciplina curricular dos cursos de Enfermagem, Fisioterapia, Medicina, Psicologia e Odontologia. Os estudantes residem nas cidades por um período dez semanas.
A implantação do programa é firmado através de um convênio entre a Faculdade Ciências Médicas e as prefeituras. As atividades ocorrem no nível da Atenção Primária à Saúde, do Sistema Único de Saúde (SUS). Através do Internato de Saúde Coletiva, a população tem mais acesso aos serviços de saúde, realizando ações de atenção à saúde, recuperação e reabilitação, e prevenção de doenças. Além disso, diversas iniciativas são realizadas em conjunto com os profissionais locais com grupos operativos (hipertensos, diabéticos, gestantes, entre outros).
De acordo com o Professor e Coordenador do Internato de Saúde Coletiva, Gustavo Werneck, esse é o momento que os estudantes têm a oportunidade de avançar na jornada da formação: “até o 4° ano, eles passaram pelo ciclo básico e o clínico. Agora, é realizado este ciclo da formação final. Naquela cidade, eles têm a oportunidade de compreender o contexto de vida da população, quem vive ali, como vivem, condições de vida, acompanham o processo de gestão dos sistemas municipais de saúde, especialmente no âmbito das Unidades Básicas de Saúde, como se desenvolve o processo saúde-doença e quais são seus determinantes e condicionantes, realizando inclusive levantamentos epidemiológicos”.
Gustavo ainda esclarece que os acadêmicos acompanham às ações de treinamento e capacitação dos profissionais de saúde das equipes dos municípios, especialmente dos Agentes Comunitários de Saúde (ACS): “no Internato eles atuam de forma integrada com as instituições públicas e as Organizações Não-Governamentais existentes no município (como os Alcoólicos Anônimos e outras), para construir parcerias, com o propósito de melhorar as condições de vida e o nível de saúde da população, finaliza”.