Robô social auxilia idosos de Residencial em São Paulo a usar aplicativos
Comuns no Japão e na China, os robôs sociais, aqueles que ajudam idosos a fazer pequenas tarefas, já são realidade no Brasil. Por meio de uma parceria entre a USP e a BSL Saúde, um robô chamado Sara está promovendo o letramento digital de idosos moradores na unidade Cora Tatuapé.
A iniciativa de levar os robôs para os residenciais é acompanhada pela gerontóloga do Cora, Clara Raiana do Nascimento, responsável por trazer o projeto de pesquisadores dos cursos de Gerontologia e de Sistema da Informação da USP, que buscam avaliar como a interação com esses robôs podem beneficiar o processo de aprendizagem e inclusão digital da população idosa residente em Instituições de Longa Permanência de Idosos (ILPIs). O projeto é liderado pela professora Meire Cachioni, da USP.
“O uso de robôs sociais representa uma solução adequada para que os idosos interajam mais facilmente com seus parentes e amigos por meio de vídeochamadas, busquem informações culturais diversas e incrementem seus conhecimentos por meio dos recursos digitais disponíveis”, explica Clara Raiana. Ela complementa dizendo que os robôs também podem melhorar a cognição e a qualidade de vida aos mais velhos.
Programada para ter uma linguagem intimista e fluida, o robô Sara conquista os residentes antes de começar as atividades. Durante a pesquisa, os idosos participam de uma série de avaliações, como questionários sociodemográficos, testes cognitivos e entrevistas sobre o uso de dispositivos móveis e também apresentam a percepção deles em relação a essa tecnologia.
De acordo com a gerontóloga, Sara tem demonstrado capacidade de promover o engajamento e a interação social dos idosos, tanto individualmente quanto em grupo. “Os residentes têm tido boa aceitação com o robô e avaliam positivamente a aprendizagem por meio dessa tecnologia”, destacou.
“Além disso, espera-se que a utilização do robô social amplie as possibilidades de estratégias a serem usadas por agentes públicos e privados no monitoramento da atenção às necessidades dos residentes de forma mais lúdica”, conclui Clara Raiana.