Recomendação do profissional de saúde é decisiva para pais vacinarem filhos

Lançada em evento no Instituto Butantan, a primeira Pesquisa USP/FJLES sobre hesitação vacinal para a imunização de crianças e adolescentes no Brasil. Apesar dos dados oficiais apontarem queda nos últimos anos, o estudo confirma que adultos com filhos continuam considerando a imunização parte integral dos cuidados da saúde das crianças no País. Em média, 83% dos brasileiros entrevistados vacinaram seus dependentes. O objetivo do levantamento é entender as razões que levam o indivíduo a vacinar – ou deixar de vacinar – sua criança e às opiniões dos mesmos sobre as campanhas de vacinação realizadas em escolas.

A pesquisa foi aplicada em uma amostra nacional de 2.129 entrevistas face a face e domiciliares de 29 de julho a 3 de agosto de 2023. A amostra é representativa da população e das cinco regiões: Centro‐Oeste; Nordeste; Norte; Sudeste e Sul. O projeto foi elaborado pela Rede de Pesquisa Solidária em Políticas Públicas e Sociedade, que conta com professores da USP, em conjunto com pesquisadores da Fundação José Luiz Egydio Setúbal, maior instituição familiar voltada para a infância no país.

Dentre os achados mais significativos, 98% dos pais com filhos de idade igual ou inferior a 14 anos afirmam que vacinaram seus filhos com todas as vacinas indicadas por profissionais de saúde. “Essa informação mostra o papel poderoso de quem está na linha de frente, nos postos de saúde, clínicas e hospitais, em contato direto com as famílias e sinaliza uma direção para as novas campanhas de vacinação daqui para a frente, onde o consultório pode ser o melhor lugar para se combater uma fake news, por exemplo”, afirma Lorena Barberia, Professora/Doutora do Departamento de Ciência Política da Universidade de São Paulo (USP) e que lidera o estudo.

O levantamento sugere que o sucesso das campanhas de vacinação depende também da confiança da população na segurança e eficácia dos imunizantes, bem como nos profissionais que administram a vacina em seus filhos. De maneira similar, a conveniência no acesso, reforçada pela disponibilização dos imunizantes nas escolas, contribui para a adesão dos pais à vacinação. “O País não tem uma política definida sobre as campanhas nas escolas, alguns municípios oferecem e outros não, então esperamos que a pesquisa lance luz sobre essa possibilidade e oriente políticas públicas num futuro próximo”, diz Marcos Paulo de Lucca Silveira, pesquisador-chefe da FJLES.

Cabe mencionar que esta adesão, embora muito semelhante entre todas as vacinas analisadas, apresentou menor porcentagem quando os pais eram questionados sobre à vacina contra a Covid-19. “A queda na porcentagem de pais que apoiariam a vacinação da Covid sinaliza um tema que merece nossa atenção, numa continuidade a esta pesquisa, pois os mesmos familiares mostram apoio para outras doenças com letalidade muito menor nessa mesma faixa etária”, sugere Lorena Barberia.

Damos valor à sua privacidade

Nós e os nossos parceiros armazenamos ou acedemos a informações dos dispositivos, tais como cookies, e processamos dados pessoais, tais como identificadores exclusivos e informações padrão enviadas pelos dispositivos, para as finalidades descritas abaixo. Poderá clicar para consentir o processamento por nossa parte e pela parte dos nossos parceiros para tais finalidades. Em alternativa, poderá clicar para recusar o consentimento, ou aceder a informações mais pormenorizadas e alterar as suas preferências antes de dar consentimento. As suas preferências serão aplicadas apenas a este website.

Cookies estritamente necessários

Estes cookies são necessários para que o website funcione e não podem ser desligados nos nossos sistemas. Normalmente, eles só são configurados em resposta a ações levadas a cabo por si e que correspondem a uma solicitação de serviços, tais como definir as suas preferências de privacidade, iniciar sessão ou preencher formulários. Pode configurar o seu navegador para bloquear ou alertá-lo(a) sobre esses cookies, mas algumas partes do website não funcionarão. Estes cookies não armazenam qualquer informação pessoal identificável.

Cookies de desempenho

Estes cookies permitem-nos contar visitas e fontes de tráfego, para que possamos medir e melhorar o desempenho do nosso website. Eles ajudam-nos a saber quais são as páginas mais e menos populares e a ver como os visitantes se movimentam pelo website. Todas as informações recolhidas por estes cookies são agregadas e, por conseguinte, anónimas. Se não permitir estes cookies, não saberemos quando visitou o nosso site.

Cookies de funcionalidade

Estes cookies permitem que o site forneça uma funcionalidade e personalização melhoradas. Podem ser estabelecidos por nós ou por fornecedores externos cujos serviços adicionámos às nossas páginas. Se não permitir estes cookies algumas destas funcionalidades, ou mesmo todas, podem não atuar corretamente.

Cookies de publicidade

Estes cookies podem ser estabelecidos através do nosso site pelos nossos parceiros de publicidade. Podem ser usados por essas empresas para construir um perfil sobre os seus interesses e mostrar-lhe anúncios relevantes em outros websites. Eles não armazenam diretamente informações pessoais, mas são baseados na identificação exclusiva do seu navegador e dispositivo de internet. Se não permitir estes cookies, terá menos publicidade direcionada.

Visite as nossas páginas de Políticas de privacidade e Termos e condições.

Importante: A Medicina S/A usa cookies para personalizar conteúdo e anúncios, para melhorar sua experiência em nosso site. Ao continuar, você aceitará o uso. Veja nossa Política de Privacidade.