Incentivar a educação e qualificação também é investir no setor da saúde

Por Marcelo Mansur

Quando se fala em investimentos na saúde, abordamos um setor complexo, principalmente se tratando da indústria de insumos farmacêuticos ativos (IFAs). Esta área é estratégica e precede a fabricação do medicamento final, fornecendo os elementos essenciais para que possam ser produzidos pelas farmacêuticas. Para isso, é necessário um conjunto de fatores que envolvem tecnologia, incentivos do poder público, pesquisa e capital humano, ou seja, profissionais capacitados para lidar com a complexidade do processo de produção, como é o caso dos engenheiros químicos, farmacêuticos, químicos, entre outros.

É importante tal debate devido ao anúncio feito pelo Governo Federal sobre a retomada do Grupo Executivo do Complexo Econômico-Industrial da Saúde (Geceis), que terá o intuito de acelerar as iniciativas para a criação do complexo de produção do setor no Brasil. O plano do Governo é que, até 2023, 70% das necessidades do SUS sejam supridas pela produção nacional

A iniciativa visa diminuir drasticamente a realidade atual. Hoje, o Brasil importa 95% dos IFAs de países como China e Índia. Os outros 5% são produzidos em solo nacional e tem grande impacto tanto na rede privada quanto no Sistema Único de Saúde (SUS).

Além de investir em estrutura, tecnologia e incentivos econômicos, direcionar parte destes esforços para a formação e atualização da mão de obra brasileira é uma das abordagens que podem auxiliar neste plano de autonomia industrial na próxima década.

Em dados consolidados com base no Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (INEP), atualmente existem mais de 80 mil engenheiros químicos no país, atuando nos mais diversos setores. Isso aponta para a dificuldade de encontrar profissionais do setor, principalmente em vagas que exigem mais experiência e atualização.

No entanto, a solução para esse problema pode ter início ainda na universidade. Programas de incentivos à formação e à produção científica podem ser uma possibilidade para futuros profissionais. Alguns passos já foram dados nessa direção: o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) já investiu, R$ 50 milhões do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT) em centros de desenvolvimento e pesquisa, a fim de aproximar os estudos acadêmicos e a indústria, principalmente para a produção de vacinas. Além disso, há também o reajuste para bolsas de mestrado e doutorado, defasadas há anos. Seja qual for a iniciativa, a educação é fundamental para alcançarmos um setor de saúde produtivo, fortalecido e independente.


*Marcelo Mansur é diretor presidente da Nortec Química S/A.

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