Por que usar protocolos se meus profissionais são tão qualificados?

Por Felipe Monti Lora

Protocolos clínicos como ferramenta de qualidade em Saúde são amplamente aceitos e vistos com bons olhos por gestores e acreditações. Todavia, pode-se questionar sua necessidade, uma vez que o profissional que os aplica tem sólida formação e (por vezes) grande experiência na área que atua.

Afinal, o médico não sabe mais sobre a doença de sua especialidade que o próprio auditor? O enfermeiro não tem maior segurança em aplicar condutas que o próprio diretor do hospital? Portanto deve-se utilizar um documento “engessado” que limita – e até oculta – o talento profissional?

A resposta é um sim ponderado. Pois apesar de muito mais inteligente que o protocolo, a atuação profissional individual não possui características de continuidade, organização homogênea e conhecimento interpessoal. Estes, são fatores essenciais sob a ótica do paciente, que o profissional de saúde ainda está aprendendo a conhecer.

A uniformização de condutas permite continuidade no cuidado. A passagem de plantão fica mais ágil, natural para o raciocínio clínico, e clara nos casos de exceção à regra. Continuidade de cuidado significa continuidade da informação passada ao paciente e seus familiares. O protocolo clínico evita discordâncias extremas entre condutas, gerando maior segurança ao paciente no seguimento da difícil vivência de sua doença. Além disso, é um bom checklist que aumenta a segurança no que tange integralidade do cuidado.

Em minha opinião, a melhor característica do protocolo clínico é pouco valorizada: sua capacidade em absorver conhecimentos! Ao contrário do ser humano que, com o tempo, tende a crer que sabe muito e pode aprender menos, o protocolo no decorrer dos meses revela sua imaturidade e incorpora novas informações necessárias, acumulando aprendizado de diversos usuários. Pois sem sofrer melhorias contínuas o protocolo morre. E através das melhorias, cuidador e processo se complementam.

Logo, o protocolo não pode ser um trilho que impeça o movimento do profissional de saúde. Mas deve ser uma trilha que baliza a melhor atuação conjunta da equipe, apoiando sua evolução.

Para o gestor, essa ferramenta é uma das formas de mais baixo custo para evitar desperdícios de investimento. Suas necessidades são colocadas à prova continuamente. Assim como suas alterações.

Quando um protocolo praticado com frequência demanda suporte, o bom gestor sabe que pode atender, pois o benefício esperado é certo!


*Felipe Monti Lora é Endocrinopediatra e gerente médico do Sabará Hospital Infantil.

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