Protocolo de manejo da dor humaniza o cuidado no Hospital Badim

No ambiente hospitalar, a dor é um dos sintomas mais frequentes e pode comprometer diretamente a recuperação dos pacientes. O Hospital Badim (RJ) implantou um protocolo para contenção da dor baseado nas melhores práticas internacionais para proporcionar alívio e qualidade de vida aos pacientes, de forma humanizada.

“A dor é considerada o quinto sinal vital em nosso hospital. Assim como monitoramos pressão arterial, frequência cardíaca ou temperatura, a avaliação da dor é realizada em diversos momentos do dia e faz parte da rotina assistencial, seja na admissão, durante procedimentos, nas evoluções clínicas”, explica o intensivista Edmundo Tommasi, coordenador do CTI C do Hospital. De acordo com o médico, essa prática amplia a visão do cuidado. “Não tratamos apenas doenças, mas pessoas em sofrimento. Reconhecer a dor como sinal vital reforça a abordagem centrada no paciente e favorece a tomada de decisão precoce, prevenindo complicações, como delírio, insônia e piora funcional em idosos, especialmente”, afirma.

Tommasi salienta que o objetivo principal do protocolo de manejo da dor é o esforço contínuo para que todo paciente tenha sua dor reconhecida, avaliada e tratada de forma sistematizada e humanizada, independente de sua condição clínica ou nível de consciência. “Nosso protocolo conta com três pilares: avaliação contínua, intervenção adequada e reavaliação da resposta. Buscamos não apenas aliviar a dor, mas promover conforto, dignidade e qualidade de vida, especialmente em pacientes idosos e críticos, para quem o sofrimento físico tem impacto direto na recuperação”, relata.

O protocolo contempla uma abordagem multimodal da dor, com uso de medicamentos e intervenções não farmacológicas, como horário de visita estendido, mobilização precoce, aplicação de calor ou frio e suporte psicológico. E tudo isso depende de um trabalho multiprofissional: o médico tem papel central na prescrição e ajuste da terapia, mas o sucesso do protocolo depende da integração de toda a equipe, que conta com profissionais de enfermagem, fisioterapia, nutrição, fonoaudiologia e psicologia. “Mais importante do que o protocolo em si é o engajamento de todos em torno do mesmo propósito: aliviar o sofrimento do paciente. Cada profissional tem papel ativo na identificação precoce da dor e na comunicação efetiva entre as equipes, assegurando que a resposta ao tratamento seja acompanhada em tempo real”, observa o intensivista.

Treinamento e engajamento

Para garantir que todos os colaboradores conheçam e apliquem as diretrizes do protocolo de manejo da dor corretamente, é fundamental oferecer treinamento adequado. A coordenadora do setor da Qualidade do hospital, Mariana Lavandeira, destaca algumas ações que podem ser consideradas, como treinamento presencial, para a discussão das diretrizes e orientações práticas sobre como aplicá-las, e auditoria clínica, para avaliação da aplicação das diretrizes do protocolo de manejo da dor e verificação de que os colaboradores estão a par de quaisquer mudanças ou atualizações. “Utilizamos também algumas estratégias para estimular a cultura de atenção e empatia diante da dor do paciente. Uma delas diz respeito à comunicação eficaz entre colaboradores, pacientes e familiares sobre a dor e o planejamento terapêutico. Outros pontos importantes são a criação de um ambiente acolhedor e confortável para os pacientes; o apoio emocional aos pacientes e familiares, com aconselhamento e suporte psicológico; o envolvimento dos pacientes no processo de tomada de decisão sobre o tratamento e a solicitação de feedback dos pacientes e familiares sobre a qualidade do cuidado prestado”, informa ela.

Entre os principais desafios na aplicação do protocolo de manejo da dor, Lavandeira cita avaliação precisa da dor; a presença de múltiplos sintomas e comorbidades; a progressão da doença e a individualização do cuidado, entre outros. “O controle da dor é fundamental para a segurança e o bem-estar do paciente, melhorando sua satisfação, a qualidade de vida e reduzindo o risco de complicações. Cada paciente tem necessidades únicas, o que torna necessário individualizar o tratamento”, aponta.

“A dor é uma experiência subjetiva, e cada paciente a expressa de forma diferente. Nosso desafio é transformar essa subjetividade em um processo clínico mensurável e compartilhado por toda a equipe. O principal ponto é o engajamento multiprofissional, garantindo que todos, do médico ao técnico de enfermagem, reconheçam a importância da avaliação e registro adequados. O foco precisa permanecer no essencial: cuidar com Ciência, empatia e respeito à dignidade humana”, indica Tommasi.

Damos valor à sua privacidade

Nós e os nossos parceiros armazenamos ou acedemos a informações dos dispositivos, tais como cookies, e processamos dados pessoais, tais como identificadores exclusivos e informações padrão enviadas pelos dispositivos, para as finalidades descritas abaixo. Poderá clicar para consentir o processamento por nossa parte e pela parte dos nossos parceiros para tais finalidades. Em alternativa, poderá clicar para recusar o consentimento, ou aceder a informações mais pormenorizadas e alterar as suas preferências antes de dar consentimento. As suas preferências serão aplicadas apenas a este website.

Cookies estritamente necessários

Estes cookies são necessários para que o website funcione e não podem ser desligados nos nossos sistemas. Normalmente, eles só são configurados em resposta a ações levadas a cabo por si e que correspondem a uma solicitação de serviços, tais como definir as suas preferências de privacidade, iniciar sessão ou preencher formulários. Pode configurar o seu navegador para bloquear ou alertá-lo(a) sobre esses cookies, mas algumas partes do website não funcionarão. Estes cookies não armazenam qualquer informação pessoal identificável.

Cookies de desempenho

Estes cookies permitem-nos contar visitas e fontes de tráfego, para que possamos medir e melhorar o desempenho do nosso website. Eles ajudam-nos a saber quais são as páginas mais e menos populares e a ver como os visitantes se movimentam pelo website. Todas as informações recolhidas por estes cookies são agregadas e, por conseguinte, anónimas. Se não permitir estes cookies, não saberemos quando visitou o nosso site.

Cookies de funcionalidade

Estes cookies permitem que o site forneça uma funcionalidade e personalização melhoradas. Podem ser estabelecidos por nós ou por fornecedores externos cujos serviços adicionámos às nossas páginas. Se não permitir estes cookies algumas destas funcionalidades, ou mesmo todas, podem não atuar corretamente.

Cookies de publicidade

Estes cookies podem ser estabelecidos através do nosso site pelos nossos parceiros de publicidade. Podem ser usados por essas empresas para construir um perfil sobre os seus interesses e mostrar-lhe anúncios relevantes em outros websites. Eles não armazenam diretamente informações pessoais, mas são baseados na identificação exclusiva do seu navegador e dispositivo de internet. Se não permitir estes cookies, terá menos publicidade direcionada.

Visite as nossas páginas de Políticas de privacidade e Termos e condições.

Importante: A Medicina S/A usa cookies para personalizar conteúdo e anúncios, para melhorar sua experiência em nosso site. Ao continuar, você aceitará o uso. Veja nossa Política de Privacidade.